Egito: Justiça proíbe candidatura da Irmandade Muçulmana
Com a decisão, centenas de pessoas que pertencem ao partido do presidente deposto, Mohamed Mursi, não poderão concorrer às eleições presidenciais e legislativas que acontecem a partir de maio
Um tribunal egípcio proibiu nesta terça-feira os membros da Irmandade Muçulmana, à qual pertence o presidente deposto Mohamed Mursi, de se apresentarem às eleições deste ano.
Nos dias 26 e 27 de maio será realizada a eleição presidencial, 11 meses após a queda do primeiro presidente democraticamente eleito do Egito, anunciada no início de julho por Abdel Fatah al-Sisi, então chefe do Exército e atualmente favorito ao cargo.
Desde o golpe militar, as novas autoridades reprimem os partidários de Mursi, em uma campanha que deixou mais de 1.400 mortos e 15.000 detidos, incluindo quase todos os líderes da Irmandade Muçulmana.
Nesta terça-feira um tribunal de Alexandria, no Mediterrâneo, ordenou as autoridades a proibir a candidatura de qualquer membro ou ex-membro da Irmandade, que tem centenas de milhares de membros.