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África

Egito rebate Rússia sobre atentado terrorista no Airbus A321

17 nov 2015 - 14h26
(atualizado às 14h42)
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Foto: EFE

O primeiro-ministro do Egito, Sherif Ismail, disse nesta terça-feira em entrevista na cidade de Sharm el-Sheikh que ainda não pode confirmar as causas da queda do avião russo da Metrojet na Península do Sinai.

Já o ministro de Aviação Civil do Egito, Hussam Kamal, afirmou que a comissão de investigação internacional liderada pelo país ainda não identificou os motivos do incidente e que as causas serão anunciadas "imediatamente" após serem confirmadas.

As informações contrastam com as declarações dadas pela Rússia hoje. Mais cedo, o chefe do Serviço Federal de Informação da Rússia (FSB, a antiga KGB), Alexander Bortnikov, revelou que a avião, com 224 pessoas a bordo, explodiu devido a uma bomba colocada em seu interior.

Foto: EFE

Apesar das discordâncias, o primeiro-ministro egípcio afirmou que o país vai colaborar com as autoridades russas para "acabar com o terrorismo" e que seu governo está em constante contato com Moscou.

Ismail acrescentou que está ciente das informações reveladas hoje para a Rússia e que elas serão levadas em consideração nas investigações que estão sendo conduzidas no Egito.

Foto: EFE

O Conselho de Ministros do Egito se reuniu hoje em Sharm el-Sheikh, onde decolou o Airbus A-321 da Metrojet no dia 31 de outubro, para "tranquilizar o mundo sobre a segurança das cidades turísticas do Egito, longe das intimidações divulgadas pela imprensa ocidental", segundo a agência oficial de notícias "Mena".

A reunião foi marcada há uma semana, mas coincidiu com o reconhecimento de Moscou que o avião da companhia Metrojet explodiu no ar devido a uma bomba de 1,5 quilos de dinamite.

Foto: EFE

Os ministros também discutiram as possíveis formas de reaquecer o turismo no Egito, após vários países, entre eles a Rússia, terem suspendido os voos para Sharm el-Sheikh e outras cidades egípcias.

O ministro do Turismo do Egito, Hisham Zazu, explicou que o país focará no turismo interno e procedente dos países árabes, que "não impõem restrições a seus cidadãos para viajar ao Sinai".

O governo egípcio calculou em 254 milhões de euros as perdas econômicas que o país sofrerá pela queda do turismo, como consequência da tragédia do avião russo.

Foto: EFE
EFE   
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