Egito: simpatizantes de Mursi convocam novos protestos
Os simpatizantes do presidente islamita desposto Mohamed Mursi convocaram grandes manifestações para o que chama de "sexta-feira dos mártires" contra o poder militar, ao mesmo tempo que o ex-presidente Hosni Mubarak permanece no hospital militar do Cairo depois de deixar a prisão na quinta-feira.
A convocação de protestos é um teste para a capacidade da Irmandade Muçulmana de mobilizar suas bases, depois da detenção de vários dirigentes e da morte de centenas de partidários de Mursi.
Diante do revés sofrido pela Irmandade Muçulmana com a detenção de seus líderes e com a autorização concedida às forças de segurança para o uso de armamento letal, desde o início da semana os islamitas têm dificuldades para mobilizar multidões.
Ao mesmo tempo, o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, deposto por uma rebelião popular em 2011, saiu na quinta-feira da prisão e foi levado para um hospital em regime de detenção domiciliar, antes da retomada no domingo de seu julgamento pelo assassinato de manifestantes.
A justiça ordenou a libertação condicional de Mubarak, de 85 anos, em delicado estado de saúde, Mas o exército, que em 3 de julho derrubou seu sucessor Mohamed Mursi, decidiu que o homem que comando o Egito por três décadas com braço de ferro deve permanecer em prisão domiciliar.
Na quinta-feira, Mubarak foi levado de helicóptero da prisão de Tora do Cairo para o hospital militar de Maadi, em um bairro periférico da capital.