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África

Explosão mata 1, deixa 10 feridos e danifica consulado da Itália no Egito

11 jul 2015 - 07h26
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Ao menos uma pessoa morreu e dez ficaram feridas neste sábado após a explosão de uma bomba em frente ao consulado da Itália no centro do Cairo, segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde do Egito.

A forte explosão provocou sérios danos à fachada do edifício da representação diplomática italiana, que estava fechada no momento do ataque, e em outros imóveis próximos no bairro de Bulaq Abu Laela.

Os explosivos foram colocados em um carro estacionado na frente do consulado e detonados por controle remoto, indicou o Ministério do Interior do Egito em comunicado, no qual também informou que todas as vítimas são civis.

O porta-voz do Ministério da Saúde, Hosam Abdelgafar, explicou à emissora oficial egípcia que os feridos foram levados a quatro hospitais da região com contusões e queimaduras. Alguns deles continuam em observação.

Em Roma, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, disse que não há vítimas italianas no ataque e que seu país "não se deixará intimidar".

A embaixada da Itália no Cairo enviou uma mensagem aos cidadãos italianos residentes no Egito, recomendando "aumentar as precauções e limitar os movimentos".

Até agora, nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado e não está claro se o objetivo era, de fato, atingir o consulado italiano.

O juiz egípcio Ahmed Fudali, defensor do governo do presidente Abdul Fatah al Sisi, disse à Agência Efe ser o alvo do atentado. Segundo o magistrado, a explosão teria sido uma "tentativa de assassinato".

Fudali explicou que estava na Associação de Jovens Muçulmanos, cuja sede fica em frente ao consulado, e que deixou a entidade pouco antes da explosão.

Segundo sua versão, o carro-bomba não pôde ser estacionado na porta da associação por causa da presença de policiais que proibiam que veículos parassem no local.

O primeiro-ministro do Egito, Ibrahim Mehleb, e o ministro do Interior, Madi Abdelgafar, estão no local do atentado. Abdelgafar disse que as forças de segurança prosseguirão com os esforços para erradicar o terrorismo no país.

Os atentados terroristas aumentaram no Egito, principalmente contra as forças de segurança, desde o golpe militar do dia 3 de julho de 2013 que derrubou o então presidente, Mohammed Mursi.

No último dia 29 de junho, o procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, foi morto em um atentado com carro-bomba no Cairo. Dois dias depois, foi registrada uma série de ataques contra postos de controle na Península do Sinai que provocaram dezenas de mortes.

EFE   
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