Explosões em duas igrejas matam dezenas no Egito
Em poucas horas, dois templos cristãos coptas na região norte são alvo de atentados que deixam ao menos 28 mortos e dezenas de feridos
Explosões em duas igrejas cristãs coptas deixaram neste domingo (09/04) ao menos 28 mortos e dezenas de feridos no Egito. O primeiro ataque ocorreu dentro de um templo na cidade de Tanta. Horas depois, aconteceu um atentado suicida na frente de uma catedral em Alexandria, também no norte do país.
A detonação de uma bomba dentro de uma igreja copta na cidade de Tanta, a 120 quilômetros da capital, Cairo, deixou ao menos 22 mortos e 41 feridas. A explosão surpreendeu os fiéis dentro do templo de Mar Guergues (São Jorge, em árabe) coincidindo com as comemorações do Domingo de Ramos, que marca o começo da Semana Santa.
Em declarações à emissora privada On TV, o premiê egípcio, Sherif Ismael, condenou o ocorrido e mostrou a determinação do governo para acabar com o terrorismo no país. "Trata-se de um ato terrorista impiedoso, mas erradicaremos o terrorismo do Egito e temos a determinação para acabar com os grupos terroristas", disse o primeiro-ministro.
A minoria cristã copta celebra hoje no Egito o Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa. Fontes de segurança e da Defesa Civil disseram que a polícia isolou o local e o que esquadrão antibombas está na área para buscar outros possíveis artefatos.
Horas depois, uma explosão em frente à catedral cristã copta de São Marcos, em Alexandria, no norte do país, deixou ao menos seis mortos e 66 feridos. Segundo o jornal estatal Ah Ahram, a explosão foi provocada por um suicida que tinha tido sua entrada negada no templo.
Os atentados acontecem 20 dias antes da visita do papa Francisco ao Egito, que está marcada para os próximos dias 28 e 29 de abril. Esta será a primeira viagem do pontífice argentino ao Oriente Médio.
No dia 11 de dezembro, 29 fiéis da minoria cristã copta morreram em um atentado cometido por um suicida contra uma igreja situada próxima da catedral do Cairo, no bairro de Abbassiya. O ataque foi reivindicado pelo grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI).
FC/efe/afp/ap/dpa
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