Francês feito de refém desde 2012 é morto no Mali
Informação foi passada aos jornalistas por telefone: "Morreu porque a França é nossa inimiga", declarou o líder do movimento islâmico malinês, sem dar detalhes ou provas
Um grupo islâmico malinês anunciou nesta quarta-feira a morte do refém francês Gilberto Rodrigues Leal, sequestrado em novembro de 2012 no oeste do Mali.
"Anunciamos a morte de Rodrigues. Morreu porque a França é nossa inimiga", declarou em breve conversa telefônica com a AFP Yoro Abdoul Salam, líder do MUJAO (Movimento pela Unidade e Jihad na África Ocidental). Não foi dito, entretanto, quando nem em que circunstâncias o refém morreu.
Ao ser questionado sobre possíveis provas da morte de Rodrigues, Salam se limitou a afirmar que "em nome de Alá, morreu".
Os jihadistas geralmente falam pouco ao telefone para evitar que sejam localizados, principalmente pelas forças francesas presentes no norte do país.
No domingo, o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, havia demonstrado preocupação com o destino de Rodrigues.
"Faz tempo que não temos notícias. Temos contato com sua família, mas estamos realmente muito preocupados", admitiu.
Rodrigues foi capturado por homens armados em 20 de novembro de 2012, nas proximidades de Kayes, quando dirigia um trailer, vindo da Mauritânia.