Gravação da cabine do avião da Air Algérie é 'inutilizável'
Birô de Investigação e Análises (BEA) irá apresentar um relatório em meados de setembro
As gravações das conversas da tripulação do voo AH5017 da Air Algérie, que caiu em 24 de julho no Mali, estão "inutilizáveis" por enquanto, anunciou nesta quinta-feira Rémi Jouty, diretor do Birô de Investigação e Análises (BEA), responsável pela investigação técnica do acidente.
"A fita magnética estava um pouco danificada. Seu conteúdo poderá ser extraído. O laboratório do BEA pode ainda restaurar essa fita. Infelizmente, por enquanto, os registros são inutilizáveis", explicou Jouty durante uma coletiva de imprensa.
"Essa disfunção não é o resultado do acidente", disse, ressaltando que esta situação já ocorreu outras vezes na história de acidentes aéreos.
O BEA irá apresentar um relatório em meados de setembro, indicou por sua vez N'Faly Cissé, presidente da Comissão sobre acidentes e incidentes da aviação civil no Mali.
Jouty afirmou ainda que "quando analisamos a trajetória da aeronave, ela nos leva a pensar que o avião se desintegrou em vários pedaços durante o voo", acrescentando que "isso não impede danos em voo".
O diretor do BEA "não acredita que se pode, nesta fase, excluir a teoria de uma ação deliberada, mas não podemos dizer mais nada neste momento."
Os investigadores do BEA haviam ocultado até este momento as primeiras informações que possam explicar a catástrofe aérea que matou 116 pessoas, incluindo 54 franceses.