Grupo ligado ao EI reivindica ataques na Península do Sinai
Região é há anos um foco de instabilidade, mas desde a derrocada do presidente egípcio Mohammed Mursi, se multiplicaram os ataques contra as forças da ordem
O braço no Egito do grupo radical Estado Islâmico, Wilayat Sina, reivindicou nesta sexta-feira os ataques contra vários postos de controle na Península do Sinai que provocaram a morte de pelo menos cinco soldados egípcios e 15 homens armados.
Em comunicado, o grupo jihadista, com base no Sinai, explicou que seus extremistas, no começo da manhã da quinta-feira, realizaram vários ataques contra "sete postos de controle", embora segundo as autoridades egípcias tenha sido quatro.
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Os atentados ocorreram na estrada principal entre Al Arish e Rafah, e na nota, o grupo jihadista explicou que foram utilizadas armas leves, médias e pesadas, assim como bombas RPG.
Segundo os terroristas, o balanço de vítimas não coincide com o oferecido pelo Exército egípcio, mas é de "dezenas de mortos e feridos" entre as fileiras militares.
O grupo assegurou ter tomado o controle de "uma grande quantidade de material militar", assim como de dois veículos blindados das Forças Armadas egípcias.
Na quinta-feira, em uma breve nota, o porta-voz das Forças Armadas se limitou a assegurar que os ataques ocorreram simultaneamente e que um número indeterminado de soldados e atacantes também ficaram feridos.
As autoridades detalharam que os pontos atacados foram Al Wifaq e Wali Lafi, no sul de Rafah, e Qamer Amir e Al Bauaba, no sul de Sheikh Zued.
O exército egípcio mantém desde o final do ano passado uma ampla campanha militar no norte do Sinai contra o grupo Wilayat Sina, que jurou lealdade aos jihadistas do Estado Islâmico, e matou desde então centenas de supostos terroristas.
A Península do Sinai é há anos um foco de instabilidade, mas desde a derrocada do presidente egípcio Mohammed Mursi, em julho de 2013, se multiplicaram os ataques contra as forças da ordem.