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África

Homens são presos por planejar casamento gay na Nigéria

Acusados foram presos no local da cerimônia, nos arredores de Kano, no último domingo

27 jan 2015 - 20h17
(atualizado às 20h44)
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<p>Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, durante evento de campanha eleitoral em Lagos, na Nigéria. 08/01/2015</p>
Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, durante evento de campanha eleitoral em Lagos, na Nigéria. 08/01/2015
Foto: Akintunde Akinleye / Reuters

A polícia prendeu 12 homens acusados de tentar promover casamentos gays em Kano, a segunda maior cidade da Nigéria, porém 10 foram liberados mais tarde, disse nesta terça-feira um porta-voz do conselho encarregado de fiscalizar o cumprimento da lei islâmica, também conhecida como sharia, na região.

O casamento gay, as relações entre pessoas do mesmo sexo e a adesão a grupos de direitos gays foram proibidos em janeiro de 2014 pelo presidente do país, Goodluck Jonathan, apesar das pressões ocidentais sobre os direitos dos homossexuais e ameaças de cortes na ajuda àqueles países que aprovarem leis que perseguem os homossexuais.

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A população da Nigéria é mais ou menos dividida entre cristãos, predominantemente no sul, e muçulmanos no norte. Como em grande parte da África subsaariana, o sentimento antigay se estende através da divisão religiosa.

Um porta-voz do grupo da lei sharia, Mohammed Yusuf Yola, disse que os homens foram presos no local da cerimônia, nos arredores de Kano, no domingo, após uma denúncia.

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"Ainda é uma suposição, mas quando nós fizemos uma análise, eles realmente pareciam gays, e a forma como se comportavam era gay", disse Yola.

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Dez dos 12 suspeitos foram liberados depois que seus pais assinaram uma declaração dizendo que iriam manter seus filhos longe de tais atividades, afirmou Yola, mas que seriam entregues à polícia se fossem pegos novamente.

Leis antigay na Nigéria preveem penas de até 14 anos de prisão.

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