A Irmandade Muçulmana do Egito convocou uma semana de protestos diários em todo o país depois que milhares de seus simpatizantes foram às ruas em várias cidades, nesta sexta-feira, para denunciar a violenta repressão.
Vídeo mostra Egito deserto e em chamas após massacre:
"Chamamos o povo egípcio e as forças nacionais para protestar diariamente, até que o golpe acabe", disse o grupo islâmico em um comunicado, referindo-se à derrubada do presidente islâmico Mohamed Mursi pelo Exército, no mês passado.
Milhares de partidários de Mursi saíram às ruas, nesta sexta, pedindo um "Dia de Ira" para denunciar a ofensiva desta semana das forças de segurança contra manifestantes da Irmandade, em que centenas de pessoas morreram.
Profundamente polarizado após meses de turbulência política, o Egito está à beira de um abismo. Os apoiadores islâmicos de Mursi se recusam a aceitar a deposição do presidente pelas forças de segurança, ocorrida em 3 de julho após protestos contra o governo marcado por problemas.
Os manifestantes exigem a demissão do comandante do Exército, general Abdel Fattah al-Sisi, e a reintegração do primeiro presidente livremente eleito do Egito, que está detido e não é visto em público desde sua queda.
Corpos são vistos espalhados pelo chão de hospital após tiroteio em frente ao prédio da Guarda Republicana em Nasser, subúrbio de Cairo. Seguidores de o presidente deposto Mohamed Mursi e da Irmandade Muçulmana acusam o Exército de abrir fogo contra uma manifestação pacífica. Os militares dizem que o tiroteio foi perpetrado por terroristas que tentaram invadir o prédio
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Corpos são vistos em hospital após o tiroteio em frente ao prédio da Guarda Republicana, em Nasser, nos arredores do Cairo
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Homem ferido é transferido de cadeiras de rodas a hospital improvisado após o massacre
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Homem reage após ver corpos de mortos em hospital
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Homem ensanguentado é levado de maca para hospital
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Homem ferido recebe atendimento medico após ser baleado no confronto
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Seguidores de Mursi carregam companheiro ferido no tiroteio
Foto: AFP
Homem exibe as marcas da violência na camiseta ao receber atendimento médico
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Seguidor de Mursi exibe munição usada no tiroteio e recolhida do chão
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Seguidores de Mursi erguem as mãos em frente a militares para pedir o fim do tiroteio
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Seguidores de Mursi carregam o corpo de companheiro morto no massacre
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Soldados montam guarda em frente ao prédio da Guarda Republicana após os confrontos
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