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África

Jornal da Uganda publica lista com nomes de duzentos gays

Com a manchete "Desmascarados!", jornal revela nomes que vão desde ativistas até um padre católico. Nesta segunda-feira, o presidente da Uganda assinou a polêmica lei que transforma a homossexualidade em crime no país

25 fev 2014 - 11h06
(atualizado às 11h06)
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O jornal deu como principal manchete a matéria com uma lista de 200 homossexuais da Uganda nesta terça-feira
O jornal deu como principal manchete a matéria com uma lista de 200 homossexuais da Uganda nesta terça-feira
Foto: Red Pepper / Reprodução

Um jornal da Uganda publicou nesta terça-feira uma lista com nomes e fotos de duzentos homossexuais do país, revelando até mesmo a orientação sexual de muitas pessoas que nunca teriam falado publicamente sobre suas sexualidades. Com a manchete “Desmascarados!”, o jornal inclui nomes de ativistas gays como Pepe Julian Onziema, um cantor popular de hip-hop e um padre da Igreja Católica.

A publicação ocorre um dia após o presidente Yoweri Museveni assinar a polêmica lei antigay que prevê penas de 14 anos à prisão perpétua para os homossexuais no país. O presidente argumentou que alguns grupos estariam promovendo a homossexualidade no país e influenciando crianças, porém não citou os nomes dos grupos. Museveni também disse que existe uma "má influência" ocidental. Apesar das tentativas de interferência internacionais, o presidente foi bastante apoiado em seu país. 

O presidente da Uganda, Museveni, assinou a lei antigay nesta segunda-feira. A condenação aos homossexuais vai de 14 anos à prisão perpétua
O presidente da Uganda, Museveni, assinou a lei antigay nesta segunda-feira. A condenação aos homossexuais vai de 14 anos à prisão perpétua
Foto: AP

O Secretário de Estado americano, John Kerry, disse nesta segunda-feira, 24, que a assinatura da lei marca um “dia trágico para a Uganda e para todos aqueles que se preocupam com a causa dos direitos humanos”, e alertou que os EUA podem impor sanções ao governo do país do leste africano.

Sobre a lista publicada nesta terça-feira, a ativista homossexual Jacqueline Kasha publicou em seu Twitter que “a mídia de caça está de volta”. O ativista gay Patrick Onyango disse que presenciou seis prisões, e que mais de uma dúzia de homossexuais na Uganda saíram do país desde dezembro de 2013 em busca de segurança. O porta-voz da polícia nega as informações sobre as prisões.

Ativistas anti-gay liderados pelo pastor Martin Ssempa (ao centro) comemorou a assinatura da nova lei na Uganda
Ativistas anti-gay liderados pelo pastor Martin Ssempa (ao centro) comemorou a assinatura da nova lei na Uganda
Foto: Reuters

Em 2011, outro tablóide, já extinto na Uganda, publicou uma lista similar em que incitava as pessoas à execução de gays. Na época, um juiz condenou a divulgação da tal lista em um país onde os homossexuais enfrentam severa discriminação, e considerou a publicação invasão de privacidade; ainda em 2011, um ativista foi assassinado por causa de seu trabalho promovendo direitos de homossexuais na Uganda.  

A nova lei antigay da Uganda proíbe as relações homossexuais entre adultos homossexuais e a pena pode chegar à prisão perpétua. 

Com informações da AP.

Um evento organizado pelos cristãos do país celebrou a assinatura da nova lei na Uganda. O presidente argumentou a necessidade da lei antigay contra a influência do ocidente que estaria "agravando a homossexualidade" no país
Um evento organizado pelos cristãos do país celebrou a assinatura da nova lei na Uganda. O presidente argumentou a necessidade da lei antigay contra a influência do ocidente que estaria "agravando a homossexualidade" no país
Foto: AP

Fonte: Terra
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