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África

Libéria fecha escolas e cogita quarentena para conter ebola

O ebola causou 672 mortes na Libéria, em Guiné e em Serra Leoa, segundo a Organização Mundial de Saúde

30 jul 2014 - 19h35
(atualizado às 19h36)
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Menino é liberado de quarentena na Libéria e é ajudado por voluntários
Menino é liberado de quarentena na Libéria e é ajudado por voluntários
Foto: ZOOM DOSSO / AFP

A Libéria irá fechar escolas e está cogitando quarentenas em algumas comunidades, informou o país nesta quarta-feira, anunciando as medidas mais rígidas já impostas por um governo do oeste africano para deter o pior surto de ebola da história.

As forças de segurança liberianas foram ordenadas a aplicar as medidas, parte de um plano de ação que inclui uma licença compulsória de 30 dias a todos os servidores governamentais não essenciais.

O ebola causou 672 mortes na Libéria, na vizinha Guiné e em Serra Leoa, de acordo com cifras da Organização Mundial de Saúde (OMS), já que os mal financiados sistemas de saúde pública têm penado para lidar com a epidemia. A Libéria representa menos de um quinto do total de mortes.

“Esta é uma grande emergência de saúde pública. É feroz, mortífera e muitos de nossos compatriotas estão morrendo, precisamos agir para deter a disseminação”, disse Lewis Brown, ministro da Informação liberiano, à Reuters.

“Precisamos do apoio da comunidade internacional agora mais do que nunca. Precisamos desesperadamente de toda ajuda que pudermos obter.”

A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, afirmou em um discurso publicado no site da presidência que o governo está cogitando colocar várias comunidades em quarentena baseado na recomendação do Ministério da Saúde.

“Quando estas medidas forem instituídas, só funcionários da saúde pública terão permissão de entrar e sair destas áreas. Alimentos e suprimentos médicos serão fornecidos a estas comunidades e a indivíduos afetados”, afirmou ela.

Todos os mercados em áreas fronteiriças serão fechados, acrescentou.

Referindo-se às ordens emitidas para as forças de segurança, o ministro Brown afirmou: “Esperamos contar com a compreensão e que não haverá a necessidade do uso de força excepcional”.

Mike Noyes, chefe de reação humanitária da agência Action Aid da Grã-Bretanha, disse que as pessoas afetadas pelo ebola devem ser tratadas com compaixão, ao invés de serem "criminalizadas".

“O isolamento forçado de uma comunidade inteira é uma abordagem medieval para o controle da disseminação da doença”, declarou.

Os primeiros casos da epidemia foram confirmados no extremo sudeste da Guiné em março e se espalharam na capital, Conacri, e nas vizinhas Libéria e Serra Leoa.

As preocupações aumentaram na semana passada, quando um liberiano-norte-americano morreu vítima de ebola na Nigéria depois de passar pela Libéria. Autoridades nigerianas, assim como as de Gana e Togo, por onde ele passou rumo a Lagos, estão tentando contatar os passageiros que estavam no mesmo voo.

Algumas companhias aéreas interromperam os voos para países afetados pelo ebola, apesar de a OMS não recomendar restrições de viagens como medida para controlar epidemias.

Nesta quarta-feira, a Grã-Bretanha fez uma reunião com o alto escalão do governo para discutir a propagação do ebola no oeste da África, dizendo que a epidemia é uma ameaça que precisa ser enfrentada. Na segunda-feira uma autoridade dos Estados Unidos afirmou que o presidente Barack Obama também está monitorando a situação.

Foto: Arte Terra

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