Maior cidade da Nigéria confirma segundo caso de ebola
O mais recente surto de Ebola começou em uma região remota de florestas no leste da Guiné em fevereiro e se espalhou por outros países
Lagos, maior cidade da Nigéria, registrou o segundo caso de Ebola nesta segunda-feira, em um médico que tratou o médico norte-americano infectado Patrick Sawyer, disse o ministro da Saúde da Nigéria, Onyebuchi Chukwu.
Sawyer morreu em Lagos no mês passado após desembarcar de um avião vindo da Libéria.
O Ebola já matou 826 pessoas na África Ocidental desde o início do surto em fevereiro, a maioria na Guiné, Libéria e Serra Leoa.
"Até o momento, um dos médicos que trataram o falecido senhor Sawyer testou positivo para o vírus Ebola", disse Chukwu em uma coletiva de imprensa.
Das 70 pessoas que se encontravam sob monitoramento, oito foram colocadas "em quarentena em um pavilhão de isolamento fornecido pelo governo do Estado de Lagos", acrescentou o ministro.
O mais recente surto de Ebola começou em uma região remota de florestas no leste da Guiné em fevereiro.
A chegada de uma das doenças mais fatais do mundo à Nigéria, maior economia e país mais populoso da África, com 170 milhões de habitantes, tem causado pânico.
O segundo caso confirmado na Nigéria é o último na sequência da eclosão da epidemia do ebola, que já infectou 1.440 pessoas e provocou 826 mortes. Na Libéria, na Guiné-Conacri e em Serra Leoa, populares bloquearam as principais estradas de acesso às capitais, em protesto contra o abandono dos corpos de vítimas do vírus nas ruas ou em casas, durante dias.
A presidenta liberiana Ellen Johnson Sirleaf anunciou na semana passada o fechamento de escolas e a dispensa durante um mês dos funcionários governamentais “não essenciais”, em uma tentativa para travar a epidemia, que já contaminou 227 pessoas no seu país.
Na vizinha Serra Leoa, o presidente Ernest Bai Koroma “conclamou” hoje (4) a população para “intensificar os esforços na luta” contra o vírus ebola. O comércio, bares e restaurantes fecharam, os mercados e as ruas de Freetown permaneceram desertos, à exceção dos veículos do Ministério da Saúde que emitiam mensagens de prevenção.
Com informações da Reuters e Agência Brasil.