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África

Mais de 7 mil fogem após ataques do Boko Haram na Nigéria

9 jan 2015 - 16h53
(atualizado às 21h44)
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<p>Grupo busca estabelecer um califado isl&acirc;mico na Nig&eacute;ria</p>
Grupo busca estabelecer um califado islâmico na Nigéria
Foto: AP

Mais de 7 mil pessoas fugiram rumo ao Chade nos últimos dias após ataques do grupo islamita Boko Haram em várias aldeias da Nigéria que deixaram centenas de mortos, informou nesta sexta-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

De acordo com a informação divulgada pela agência da ONU, os refugiados foram hospedados em comunidades locais situadas a 450 quilômetros da capital N'djamena.

Por causa do grande número de refugiados, o governo do Chade pediu ajuda a várias organizações humanitárias para distribuir alimentos e tendas para acomodar as quase 10 mil pessoas que fugiram da violência da Nigéria nas últimas semanas.

As autoridades visitaram ontem o local e pediram ao Acnur que ajude a resgatar os milhares de refugiados que estão sem mantimentos na ilha de Kangala, no lago Chade.

No Níger, o Acnur começou a realojar outras centenas de pessoas desde a região de Gagamari, na fronteira com a Nigéria, para o campo de Sayam Forage, no interior de Diffa, para evitar novos ataques.

Desde o dia 30 de dezembro, 336 refugiados foram transferidos em três comboios. Nos próximos dias a agência das Nações Unidas pretende organizar novas viagens.

Eles fazem parte de um grupo de 3 mil pessoas que fugiram da Nigéria no final de novembro de 2014 depois que o Boko Haram conquistou Damassak, uma aldeia do estado nordeste de Borno.

O Acnur abrirá um segundo campo de refugiados em Kablewa, na margem nigerina do lago Chade, onde milhares de pessoas buscaram abrigo nos últimos meses.

Segundo os dados divulgados em dezembro pelo governo do Níger, desde maio de 2013 pelo menos 90 mil pessoas fugiram da vizinha Nigéria para se refugiar em Diffa.

No total, o conflito no nordeste da Nigéria provocou o êxodo de 135 mil pessoas - 90 mil para o Níger, outras 35 mil para o Camarões e 10 mil para o Chade - aos que se devem somar pelo menos 850 mil pessoas que se deslocaram internamente no país entre os estados de Adamawa, Borno e Yobe.

EFE   
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