Mortes por ebola diminuem na Libéria e sobem em Serra Leoa
O documento da OMS relata um total de 4.920 mortes e 13.703 casos nos oito países afetados pelo surto até 27 de outubro
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reduziu em quase 300 o número de mortes confirmadas por ebola na Libéria, porém mais de 200 foram adicionadas ao saldo da Libéria, de acordo com um informe periódico sobre a doença divulgado nesta quarta-feira.
A OMS afirmou ter tentado atualizar seus dados depois que exames laboratoriais descartaram muitos diagnósticos falsos - mortes "prováveis" e "suspeitas" que na verdade não foram causadas pelo ebola - e que o resultado final mostra o saldo de mortes em cerca de 4.922, sem alterações em relação à contagem anterior de sexta-feira passada.
Especialistas dizem que é essencial monitorar a propagação do ebola para derrotá-lo e que dados mais precisos irão ajudar a medir o sucesso dos esforços de contenção do vírus.
A organização sempre enfatizou que, embora as cifras do ebola que apresenta sejam as melhores disponíveis, os números estão sujeitos a revisões.
"Muitas pessoas que eram 'prováveis' acabaram não tendo ebola", disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic. “Os números mudam o tempo todo. Não significa que daqui em diante sempre teremos um número definitivo.”
Mesmo o saldo mais recente e revisado contém casos não confirmados da febre hemorrágica que mais tarde podem ser excluídos, e os dados serão revisados novamente no futuro, disse ele.
Além do número absoluto de casos da doença, especialistas afirmam haver muitas outras enfermidades causadoras de febre que podem ser confundidas com o ebola.
Jasarevic citou o caso de um vilarejo onde muitas pessoas morreram e cujas mortes foram atribuídas ao vírus, mas onde uma verificação mostrou que “no final das contas muitas delas não eram casos de ebola”.
O documento da OMS relata um total de 4.922 mortes e 13.703 casos nos oito países afetados pelo surto até 27 de outubro, o que significa duas mortes a menos do que as do relatório anterior.
O diretor-geral assistente da entidade, Bruce Aylward, já tinha revelado o número de casos no início desta quarta-feira e disse que a cifra aumentou em mais de 3 mil desde a semana passada, em grande parte porque uma leva atrasada de casos antigos foi acrescentada à base de dados.