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Nelson Mandela

Joaquim Barbosa lamenta morte de Mandela: 'torna o mundo mais pobre'

5 dez 2013 - 21h00
(atualizado às 21h04)
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STJ), Joaquim Barbosa, lamentou nesta quinta-feira a morte do ex-presidente e líder histórico da luta contra a segregação racial da África do Sul, Nelson Mandela. Em nota, Barbosa afirmou que a morte de Mandela “torna o mundo mais pobre de referências de coragem, dignidade e obstinação na defesa das causas justas”.

“Envio minhas profundas condolências à senhora Graça Machel e aos familiares de Nelson Mandela, assim como ao povo e ao governo sul-africanos”, diz a nota em que Barbosa fala em nome do STF.

Segundo Barbosa, a vida de Mandela foi “altiva” e “traduziu o sentido maior da existência humana”. “Seu nome permanecerá como sinônimo de esperança para todas as vítimas de injustiça em qualquer parte do mundo.” 

Uma vida de resistência, sonho e luta contra a segregação e a favor da união
Nascido em 18 de julho de 1918 no vilarejo de Mvezo, no distrito de Umtata, região sul-africana de Transkei, Rolihlahla Mandela foi o grande nome da luta contra o fim da divisão entre brancos e negros na África do Sul.

Em 1962, Mandela foi preso e condenado a cinco anos de prisão, por incentivo a greves e por viajar ao exterior sem autorização. Em 1964, foi novamente julgado e condenado à prisão perpétua por sabotagem e por conspirar para outros países invadir a África do Sul. No julgamento, ele se declarou culpado da primeira, mas jamais assumiu a segunda acusação.

Mandela passou 27 anos preso. Os primeiros dezoito, na ilha de Robben. Em 1976, recusou uma revisão da pena em troca de retornar para sua região de origem. Em 1985, também rejeitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Ele finalmente foi libertado em 11 de fevereiro de 1990, quando sufocado pelas sanções internacionais, o regime do Apartheid iniciou um processo de abertura e soltou o principal rosto de sua oposição.

Em 1991, Mandela foi eleito o presidente do Congresso Nacional Africano, principal partido negro do país que fora banido nos anos 60 e recém retomava as atividades. Engajou-se de corpo e alma ao fim do regime segregacionista e, em 1993, conquistou o prêmio Nobel da Paz ao lado do presidente Frederik Willem de Klerk por seus esforços conjuntos pela reconciliação do povo sul-africano.

Em 27 de abril de 1994, foi eleito presidente nas primeiras eleições multirraciais do país, colocando um ponto final no regime segregacionista que governara a África do Sul por 46 anos. "Nós enfim atingimos nossa emancipação política. Nunca, nunca e nunca de novo deixemos que essa linda terra experimente a opressão de um pelo outro", disse em seu discurso de posse, em 10 de maio de 1994.

Fonte: Terra
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