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Nelson Mandela

Líderes mundiais lamentam morte e lembram legado de Nelson Mandela

5 dez 2013 - 22h07
(atualizado em 6/12/2013 às 01h59)
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<p>Nelson Mandela: unanimidade em sua luta contra a opressão e a desigualdade</p>
Nelson Mandela: unanimidade em sua luta contra a opressão e a desigualdade
Foto: Getty Images

Do interior da África do Sul à luta contra o regime segregacionista, e da prisão do Apartheid à presidência e à transformação pacífica e democrática de sua nação. A amplitude, a força e o significado da vida de Nelson Mandela - morto nesta quinta-feira, 5 de dezembro de 2013, aos 95 anos de idade após longa luta contra doenças provocadas pelos longos anos do cárcere - ultrapassaram as fronteiras sul-africanas e se tornaram símbolo internacional perene da resistência contra a opressão, o racismo e a desigualdade.

"Estou profundamente triste pela morte de Nelson Mandela, um campeão pela justiça. Ninguém como ele fez tanto pelos valores e aspirações das Nações Unidas", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, perante a imprensa em Nova York. Band destacou que a "fortaleza moral" de Mandela foi "decisiva" para acabar com o regime do apartheid e fez um pedido para que todos sigam trabalhando por um mundo "melhor e mais justo", inspirados pela vida exemplar do líder sul-africano.

"Seu combate transformou-se em um paradigma, não só para o continente africano, como para todos aqueles que lutam pela justiça, pela liberdade e pela igualdade", afirmou Dilma Rousseff, em nota oficial. "O governo e o povo brasileiros se inclinam diante da memória de Nelson Mandela e transmitem a seus familiares, ao Presidente Zuma e aos sul-africanos nosso sentimento de profundo pesar. O exemplo deste grande líder guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz no mundo."

"Um ser humano especial morreu hoje", afirmou o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, logo após saber da notícia. "Sua altivez, seu antirracismo e sua generosidade ajudaram decisivamente a terminar com o Apartheid na Africa do Sul, resumiu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Seu nome permanecerá como sinônimo de esperança para todas as vítimas de injustiça em qualquer parte do mundo", resumiu o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.

<p>O presidente dos EUA, Barack Obama, durante pronunciamento em homenagem a Mandela</p>
O presidente dos EUA, Barack Obama, durante pronunciamento em homenagem a Mandela
Foto: Reuters

"Nelson Mandela conseguiu mais do que se poderia esperar de qualquer homem. Hoje, ele foi para casa", disse o presidente americano Barack Obama. "Hoje o mundo perdeu um de seus líderes mais importantes, e um dos melhores seres humano", resumiu o ex-presidente democrata Bill Clinton. "Nosso mundo é melhor por causa de seu exemplo. Sentiremos falta deste bom homem, mas suas contribuições viverão para sempre", afirmou o ex-presidente republicano.

"Uma grande chama se apagou no mundo", escreveu o premiê do Reino Unido, David Cameron, no Twitter. "Nelson Mandela era um herói do nosso tempo." "Apesar das humilhações intermináveis de uma prisão que durou 27 anos, pôde não só derrubar um regime abjeto, mas reconciliar os sul-africanos e fazer prevalecer a democracia", disse o presidente da França, François Hollande.

"Sua incansável luta pela liberdade fez o mundo respeitá-lo. Sua humildade, compaixão, e sua humanidade levaram a ele o amor. Nossos pensamentos e orações estão com a família de Mandela. A eles, devemos nossa gratidão", disse o presidente sul-africano Jacob Zuma, responsável por anunciar a morte de Mandela à África do Sul e ao mundo. "Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu um pai."

Pequim lamentou a morte de Nelson Mandela, um "amigo fiel do povo chinês", que "conquistou o respeito e a afeição das pessoas do mundo inteiro". O herói da luta contra o apartheid foi o autor de uma "contribuição histórica para o estabelecimento e o desenvolvimento das relações da China com a África do Sul", declarou o ministério chinês das Relações Exteriores. A morte de Nelson Mandela dominou na manhã desta sexta-feira as mídias sociais chinesas.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, manifestou sua "profunda dor" pela morte de Mandela, a quem qualificou como "um homem indomável de espírito que tirou da escuridão o povo da África do Sul". "Para quem luta pela justiça, pela libertação de nossos povos, é uma profunda dor esta perda", disse o presidente boliviano.

Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro decretou três dias de luto no país pela morte do líder sul-africano, a quem qualificou de "gigante". "Em homenagem ao Gigante Nelson Mandela decidi, em nome de toda Venezuela, decretar três dias de luto em toda a Pátria de Bolívar e Chávez!", anunciou Maduro em sua conta no Twitter.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, lamentou nesta quinta-feira a morte de Nelson Mandela e qualificou o ex-mandatário sul-africano como um "grande líder" que lutou com uma grande força de vontade para o eliminar o apartheid.

Por sua parte, o ministro japonês das Relações Exteriores, Fumio Kishida, transmitiu seus pêsames à família de Mandela, assim como ao governo e ao povo da África do Sul.

"Expresso de coração meu respeito pelas conquistas do ex-presidente sul-africano e espero que o governo e o povo da África do Sul superem a dor e sigam adiante com o desenvolvimento de seus país", disse o chanceler japonês.

O governo mexicano qualificou como um "símbolo da liberdade e esperança" o líder sul-africano Nelson Mandela, que morreu nesta quinta-feira em Johanesburgo.

Mandela "será recordado como uma figura de dimensão internacional por seu papel transcendental na luta contra o regime do apartheid e pela inclusão de todos os atores na vida política desse país", afirmou a chancelaria mexicana.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, transferiu nesta quinta-feira em nome de seu país suas condolências à África do Sul pela morte de Nelson Mandela, a quem qualificou como um "homem único".

Em comunicado, Rutte assegurou que a morte do ex-presidente sul-africano é "um momento para o silêncio e para olhar atrás com gratidão".

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Fonte: Terra
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