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Nelson Mandela

Temer, Calheiros, Alckmin e Cabral lamentam morte de Mandela

5 dez 2013 - 23h09
(atualizado às 23h16)
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Políticos como o vice-presidente da República Michel Temer (PMDB), o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e os governadores do Rio de Janeiro e São Paulo, Sérgio Cabral (PMDB) e Geraldo Alckmin (PSDB), respectivamente, lamentaram a morte do ex-presidente e líder histórico da luta contra a segregação racial da África do Sul, Nelson Mandela, nesta quinta-feira. 

Através de seu perfil no Twitter, Temer afirmou que o “o mundo perdeu hoje uma referência na luta pela igualdade, liberdade e justiça”. “Mandela deixa uma lacuna imensa, seu legado permanecerá.”

Calheiros divulgou nota oficial e afirmou que, “neste momento de dor e de pesar, o povo irmão da África do Sul conta com a plena solidariedade do povo brasileiro, representado no Congresso Nacional”.

“A defesa incessante das causas mais nobres da humanidade pelo presidente Mandela, sua estatura política e sua obra em prol da justiça e da democracia permanecerão, para sempre, na memória de todos os povos e nos anais da história contemporânea”, afirmou o presidente do Senado. 

Também através do Twitter, Alckmin disse que Mandela foi um “símbolo de coragem e resistência”. “Pesar pelo falecimento de Nelson Mandela, símbolo de coragem e resistência. Sua história inspira a humanidade”, disse o governador paulista. 

Em nota, Cabral lamentou a morte de Mandela e o classificou como “um dos maiores líderes do século XX”. "O Rio de Janeiro, que teve a honra de receber Nelson Mandela, manifesta o seu pesar pela perda de um dos maiores líderes do século XX", disse o governador fluminense. 

Uma vida de resistência, sonho e luta contra a segregação e a favor da união
Nascido em 18 de julho de 1918 no vilarejo de Mvezo, no distrito de Umtata, região sul-africana de Transkei, Rolihlahla Mandela foi o grande nome da luta contra o fim da divisão entre brancos e negros na África do Sul.

Em 1962, Mandela foi preso e condenado a cinco anos de prisão, por incentivo a greves e por viajar ao exterior sem autorização. Em 1964, foi novamente julgado e condenado à prisão perpétua por sabotagem e por conspirar para outros países invadir a África do Sul. No julgamento, ele se declarou culpado da primeira, mas jamais assumiu a segunda acusação.

Mandela passou 27 anos preso. Os primeiros dezoito, na ilha de Robben. Em 1976, recusou uma revisão da pena em troca de retornar para sua região de origem. Em 1985, também rejeitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Ele finalmente foi libertado em 11 de fevereiro de 1990, quando sufocado pelas sanções internacionais, o regime do Apartheid iniciou um processo de abertura e soltou o principal rosto de sua oposição.

Em 1991, Mandela foi eleito o presidente do Congresso Nacional Africano, principal partido negro do país que fora banido nos anos 60 e recém retomava as atividades. Engajou-se de corpo e alma ao fim do regime segregacionista e, em 1993, conquistou o prêmio Nobel da Paz ao lado do presidente Frederik Willem de Klerk por seus esforços conjuntos pela reconciliação do povo sul-africano.

Em 27 de abril de 1994, foi eleito presidente nas primeiras eleições multirraciais do país, colocando um ponto final no regime segregacionista que governara a África do Sul por 46 anos. "Nós enfim atingimos nossa emancipação política. Nunca, nunca e nunca de novo deixemos que essa linda terra experimente a opressão de um pelo outro", disse em seu discurso de posse, em 10 de maio de 1994.

Fonte: Terra
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