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África

Obama diz que lei anti-gay da Uganda complica relações entre países

O presidente americano emitiu um comunicado denunciando os planos de Museveni para assinar lei homofóbica no país africano

16 fev 2014 - 16h54
(atualizado às 16h54)
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Obama disse que lei pode prejudicar relações entre países
Foto: Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu neste domingo o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, que a aprovação de uma lei anti-gay iria complicar as relações dos EUA com Uganda e seria um "enorme passo para trás" para todos os ugandenses.

Em folga de fim de semana no sul da Califórnia, o presidente americano emitiu um comunicado denunciando os planos de Museveni para assinar uma lei que impõe duras penas para os condenados por atos homossexuais.

Sua conselheira de segurança nacional, Susan Rice, disse via Twitter que havia falado por telefone com Museveni na noite de sábado para protestar depois que ele disse aos membros de seu partido que iria assinar a lei. "Como já transmitimos ao presidente Museveni, promulgar esta legislação vai complicar o nosso valorizado relacionamento com Uganda", disse Obama.

Em seu Twitter, a Conselheira de Segurança Nacional dos EUA, Susan Rice, se colocou contra a assinatura de lei homofóbica
Em seu Twitter, a Conselheira de Segurança Nacional dos EUA, Susan Rice, se colocou contra a assinatura de lei homofóbica
Foto: Reprodução

O projeto foi apresentado pela primeira vez em 2009 e, inicialmente, propunha sentença de morte para atos homossexuais, mas foi alterado para prescrever prisão perpétua para o que chamou de homossexualidade agravada.

A homossexualidade é um tabu em muitos países africanos, considerada ilegal em 37 países do continente. Ativistas dizem que poucos africanos são abertamente gays, temendo a prisão, violência e a perda de seus empregos.

Gays e lésbicas do Quênia fizeram manifestação em solidariedade aos homossexuais de Uganda que sofrem repressão do Governo que assinou Lei Homofóbica depois de cientistas dizerem que homossexualidade "não é uma doença"
Gays e lésbicas do Quênia fizeram manifestação em solidariedade aos homossexuais de Uganda que sofrem repressão do Governo que assinou Lei Homofóbica depois de cientistas dizerem que homossexualidade "não é uma doença"
Foto: AP

Obama, um democrata que apoia o casamento homossexual e que tem feito lobby para expandir os direitos dos gays norte-americanos, disse que estava profundamente decepcionado com os planos de Uganda.

No mês passado, Museveni havia indicado que estava planejando engavetar o projeto de lei, que tinha gerado críticas ferozes por parte dos doadores ocidentais e grupos de direitos humanos.

"O Projeto Anti-Homossexualidade em Uganda, uma vez lei, será mais do que uma afronta e um perigo para a comunidade gay em Uganda. Será um passo para trás para todos os ugandeses e irá refletir negativamente o compromisso da Uganda de proteger os direitos humanos de seu povo", disse Obama.

As pessoas devem ser tratadas igualmente e "devem ter a oportunidade de atingir seu pleno potencial, independente de quem sejam ou quem amem", disse Obama.

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