A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou hoje (17) o fim do surto de ebola registrado no Senegal. Isso significa que o país, após registrar casos da doença, conseguiu interromper a transmissão do vírus.
O primeiro caso de ebola no país foi identificado no dia 29 de agosto, em um jovem que havia viajado para Dakar por terra, saído da Guiné, onde teve contato direto com uma pessoa infectada.
A OMS avaliou a resposta do governo senegalês como um bom exemplo do que se deve fazer diante de um caso importado de ebola. O país, de acordo com a organização, agiu de forma rápida para impedir que a doença se espalhasse.
Enfermeira com Ebola recebe homenagem no hospital:
“O plano de resposta do governo senegalês incluiu identificar e monitorar 74 contatos diretos do paciente, testagem rápida de todos os casos suspeitos, vigilância intensificada nos diversos pontos de entrada do país e campanhas de conscientização de amplitude nacional”, destacou.
Ainda segundo a OMS, no dia 5 de setembro, amostras de laboratório do paciente testaram negativo para ebola, indicando que o rapaz havia se recuperado da doença. Ele retornou para a Guiné no dia 18 de setembro.
O Senegal optou por manter um nível máximo de alerta por 42 dias – duas vezes o período máximo de incubação do vírus ebola. “Apesar de o surto ter oficialmente acabado, a localização geográfica do Senegal deixa o país vulnerável a novos casos importados de ebola”, acrescentou a OMS.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que "medidas drásticas" devem ser tomadas para conter o surto de ebola na África Ocidental, que já matou cerca de 400 pessoas. É o maior surto em números de casos, número de mortes e em distribuição geográfica. Na foto, uma equipe está próxima ao corpo de uma vítima
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Mais de 600 casos já foram registrados na República da Guiné, onde o surto começou há 4 meses em Guekedou (foto acima). O local já foi um importante posto de troca na região, atraindo comerciantes de diversos países vizinhos.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou que o surto de ebola está fora do controle. O MSF tem cerca de 300 funcionários nacionais e internacionais trabalhando nos países onde o vírus se espalhou. Outros países estão sob alerta. A foto acima mostra um paciente sendo tratado por funcionários da organização.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
O ebola é uma doença viral, cujos sintomas inciais podem incluir febre repentina, forte fraqueza, dores musculares e de garganta, segundo a OMS. E isso é só o início: o próximo passo é vômito, diarreia e, em alguns casos, hemorragia interna e externa.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
O vírus é altamente contagioso,e não tem vacina ou cura, por isso equipes médicas usam roupas especiais para evitar contaminação. Dependendo da força, até 90% dos infectados morrem. Na foto, pacientes esperam resultado de exames de sangue
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Os testes de laboratório irão determinar em questão de horas se as amostras contém ou não o vírus do ebola
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Após exposição ao vírus na área isolada, roupas e botas das equipes de atendimento são desinfetadas com cloro
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Além de cuidar da clínica, a equipe tenta conscientizar as pessoas sobre a doença. No bairro de Touloubengo, colchões são distribuídos a cinco famílias cujas casas foram desinfetadas após a morte de um membro.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Sia Bintou passou mais de 10 dias em tratamento, com poucas esperanças de deixar o local viva, mas sobreviveu. Enquanto não há um tratamento específico para o ebola, a equipe tenta fortalecer os pacientes tratando os sintomas.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Mas nem todos se salvam. Nessa foto, a família de Finda Marie Kamano, incluindo sua irmã (centro), e outros membros da comunidade, estão presentes em seu funeral próximo a sua casa.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
A sepultura de Finda Marie é marcada com um broto de árvore
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil