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África

ONU adverte para ressurgimento 'óbvio' de jihadistas no Mali

Mais de 20 capacetes azuis morreram e centenas ficaram feridos em ataques com artefatos explosivos no Mali desde 2013

28 set 2014 - 08h20
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Funcionário da ONU acredita que o Mali é um país vulnerável à presença de jihadistas
Funcionário da ONU acredita que o Mali é um país vulnerável à presença de jihadistas
Foto: Spencer Platt / Getty Images

O chefe de operações de manutenção da paz da ONU, Hervé Ladsous, manifestou neste sábado sua preocupação com o ressurgimento "inquestionável" dos jihadistas no norte do Mali, cujos ataques mataram vários soldados da ONU nas últimas semanas.

"Penso que é inquestionável: os terroristas e os jihadistas, e sem dúvida também os traficantes, pegaram o touro pelos chifres" no norte do Mali, declarou Ladsous a jornalistas, considerando como "intoleráveis" os ataques praticados contra os capacetes azuis.

Em setembro, dez soldados do Chade morreram em ataques com explosivos. Desde o início da missão da ONU (Minusma), em julho de 2013, mais de 20 capacetes azuis morreram e centenas ficaram feridos em ataques com artefatos explosivos no Mali.

"Estamos em uma situação em que as forças francesas de (as operações) Serval ou Barkhane reduziram em grande medida sua presença no norte do Mali, o exército maliense não retornou e, portanto, praticamente a ONU não existe no terreno", lamentou Ladsous.

"Somos seu alvo e, obviamente, isto é intolerável. Mas também nos leva a tomar uma postura muito mais dinâmica, de nos antecipar e ir buscar os agressores antes que passem à ação", acrescentou.

Grupos jihadistas aliados da Al-Qaeda ocuparam o norte do Mali há cerca de um ano e foram expulsos por uma intervenção militar internacional, lançada em janeiro de 2013 por iniciativa da França.

No entanto, membros destes grupos, reposicionados especialmente no sul da Líbia, retomaram seus ataques no Mali.

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