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África

ONU diz que surto de ebola pode chegar a novos países

ONU disse que números aumentam a cada dia e que será difícil conter epidemia

3 set 2014 - 08h07
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O paciente teve de ser colocado dentro da ambulância à força pelos médicos
O paciente teve de ser colocado dentro da ambulância à força pelos médicos
Foto: Reuters

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou, nessa terça-feira, que as infecções por ebola estão aumentando a cada dia e que é possível que surjam novos casos em países onde a doença ainda não chegou. 

A informação foi dada pelo coordenador da ONU para o ebola, David Nabarro. Também ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, divulgou uma mensagem no Youtube sobre a epidemia do vírus, dizendo que conter o ebola não será uma tarefa fácil.

"Conter o avanço dessa doença não será fácil, mas sabemos como fazer isso", disse ele na mensagem enviada aos países do Oeste africano. O vídeo foi divulgado horas antes da reunião entre David Nabarro, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, e o secretário-geral adjunto da ONU, Jan Eliasson. 

Para as Nações Unidas, será complicado combater a proliferação do vírus. Segundo Nabarro, será muito difícil definir os passos a serem tomados para controlar a epidemia de ebola. Ele defendeu uma coordenação mundial para lidar com a doença.

"Não podemos aceitar a ideia de que perdemos a batalha contra o ebola. Temos de reagir de maneira forte, porque a doença está avançando mais depressa que os nossos esforços”, acrescentou, lembrando que, na última semana, o número de infectados na Guiné, em Serra Leoa e na Libéria superou os 3,5 mil, com mais de 1,5 mil mortes.

A ONU voltou a recomendar que os cuidados básicos de saúde nos países afetados sejam mantidos, bem como as condições hospitalares e o tratamento adequado para os pacientes.

A mesma recomendação foi feita por Obama em vídeo direcionado aos países mais afetados.

Nabarro reiterou a necessidade de as linhas áreas internacionais restabelecerem os seus voos para os países atingidos, a fim de facilitar o trabalho de socorro.

Para a OMS, este é o maior surto da história desde a descoberta do vírus em 1976. Entretanto, a diretora-geral pediu que o "alarmismo" seja evitado, sem deixar de destacar a necessidade da prevenção  bem feita. "Uma pessoa com suspeita de contaminação não pode viajar", defendeu Margaret Chan.

Ela também pediu que sejam aceleradas as pesquisas que trabalham na descoberta de uma vacina. "Há duas ou três vacinas potenciais e é importante que a comunidade científica una as suas forças nesta situação sem precedentes. Temos de acelerar os testes experimentais e utilizá-los de forma eticamente aceitável antes que passem a ser produzidos de forma industrial”.

Na semana passada, o governo americano anunciou que vai começar neste mês os testes em humanos de uma vacina contra o vírus.

Foto: Arte Terra

Agência Brasil Agência Brasil
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