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África

ONU e comunidade internacional condenam repressão policial no Egito

Em comunicado, Ban Ki-mooon lamentou que "as autoridades egípcias tenham escolhido usar a força para dar uma resposta às manifestações"

14 ago 2013 - 10h14
(atualizado em 15/8/2013 às 10h50)
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A operação das autoridades egípcias para desmantelar acampamentos de partidários do presidente deposto Mohamed Mursi foi duramente criticada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e por governos estrangeiros nesta quarta-feira. O ministério da Saúde egípcio confirmou a morte de 149 pessoas e mais de 874 feridas, mas informações de agências internacionais e da Irmandade Muçulmana indicam que o número é muito maior. 

Ban lamentou que as "autoridades egípcias tenham escolhido usar a força para responder as manifestações", segundo um comunicado emitido por seu porta-voz. O secretário-geral afirmou que todos os egípcios devem concentrar esforços para promover uma "reconciliação genuinamente inclusiva". "O secretário-geral crê firmemente que a violência e a incitação por qualquer parte não constituem a resposta aos desafios que o Egito enfrenta", disse o comunicado.

O presidente turco, Abdullah Gul, afirmou que a ação é inaceitável e que é preciso controlar a instabilidade política no país para evitar uma situação similar ao conflito sírio. "O que aconteceu no Egito, esta intervenção armada contra civis que se manifestam, não pode de maneira alguma ser aceita", afirmou Gul a jornalistas em Ancara. Ele também pediu calma para todos os envolvidos. 

O governo do Irã emitiu comunicado condenando a operação policial. "O Irã acompanha de perto os amargos acontecimentos no Egito (...) condena a matança da população e adverte sobre suas graves consequências", indica o texto divulgado pela agência Fars. O governo do Catar também condenou a morte de civis desarmados na operação. 

O movimento palestino Hamas, que está no poder na faixa de Gaza, chamou de "massacres terríveis" os eventos no Egito. "O Hamas condena os massacres terríveis ocorridos nas praças Nahda e Rabaa al-Adawiyya e pedimos o fim do derramamento de sangue e dos abusos contra manifestantes pacíficos", declarou à AFP Sami Abu Zouhri, porta-voz do movimento, que é ligado à Irmandade Muçulmana.

O governo britânico também expressou preocupação com a situação egípcia e condendou a ação violenta da polícia. "Estou muito preocupado com a escalada de violência e a instabilidade no Egito", indicou o ministro das Relações Exteriores, William Hague, em um comunicado. "Condeno o uso da força para dispersar as manifestações e peço às forças de segurança que atuem com moderação".

O porta-voz da União Europeia, Peter Stano, disse a repórteres que a comunidade de nações está acompanhando com "grande preocupação a situação do Egito". "Confontos e violência não é o caminho para resolver assuntos políticos. As informações sobre mortos e feridos é extremamente preocupante".

O ministro do Exterior da Suécia, Carl Bildt, usou sua conta no Twitter para condenar o massacre. "Obviamente, muitos mortos. Risco da violência se espalhar. Igrejas atacadas. (...) Eu condeno as mortes e a violência no Egito. A principal responsabilidade é das forças do regime. Extremamente difícil restaurar o processo político", escreveu o sueco.

infográfico massacre egito
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Foto: AFP

Com informações da agência AFP e da CNN

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Fonte: Terra
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