Presidente sul-africano é investigado por corrupção
Jacob Zuma já tinha enfrentado mais de 700 acusações por corrupção, lavagem de dinheiro, fraude e crime organizado em 2007
A polícia sul-africana iniciou uma investigação por corrupção contra o presidente do país, Jacob Zuma, depois que os partidos da oposição apresentaram várias denúncias contra o líder, informaram nesta segunda-feira a imprensa local.
O porta-voz da polícia, Salomón Makgale, citado pela agência sul-africana de notícias SAPA, disse que os partidos da oposição apresentaram várias denúncias por corrupção, que foram centralizadas e já estão sendo investigadas de maneira conjunta.
No entanto, Makgale esclareceu que ainda não foram abertas acusações formais contra Zuma, que em 2007 afrontou mais de 700 acusações por corrupção, lavagem de dinheiro, fraude e crime organizado, embora todas tenham sido retiradas em 2009.
O ministro sul-africano da polícia, Nathi Nhleko, também confirmou que "a investigação já começou", embora não tenha oferecido mais detalhes.
Recentemente, a opositora Aliança Democrática (AD), entregou à Procuradoria gravações que supostamente provam que o presidente utilizou mais de 15 milhões de euros públicos na reforma de sua residência, segundo detalharam a imprensa local.
As fitas foram gravadas pelos serviços de inteligência e contêm conversas entre membros da procuradoria supostamente leais a Thabo Mbeki, ex-presidente e adversário de Zuma.
Em março, a Defensora do povo sul-africano, Thuli Madonsela, também pediu ao presidente que devolvesse parte do dinheiro público investido na polêmica reforma de sua residência privada.
Jacob Zuma foi reeleito em maio com mais de 60% dos votos, apesar dos escândalos de corrupção e abusos de poder nos quais esteve envolvido.