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África

Quênia congela contas por suspeita de custeio do terrorismo

Medida pretende cortar o financiamento do grupo Al Shebab, responsável pelo atentado que matou 148 pessoas na Universidade de Garissa

8 abr 2015 - 11h24
(atualizado às 12h30)
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<p>Quenianos fazem homenagem a mortos em ataque &agrave;&nbsp;universidade</p>
Quenianos fazem homenagem a mortos em ataque à universidade
Foto: Goran Tomasevic / Reuters

O governo queniano congelou pelo menos 86 contas bancárias de pessoas e empresas acusadas de financiar as atividades terroristas do grupo islâmico Al Shebab, informou hoje (8) o ministro das Finanças do país.

A medida pretende cortar o financiamento do grupo Al Shebab, por meio do congelamento das contas bancárias de 13 empresas de envio de dinheiro, muito usadas pela comunidade somali no Quênia, informou o jornal local The Star, citado pela agência espanhola EFE.

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O grupo extremista assassinou, na quinta-feira (2), 148 pessoas na Universidade de Garissa.

Massacre no Quênia: parentes têm dificuldades para achar corpos:

Duas das empresas acusadas, a Muhuri e a Haki Africa, fizeram contato com o jornal para negar qualquer vínculo com o grupo radical. Elas asseguraram que os seus objetivos corporativos passam pelo desenvolvimento local e pela defesa dos direitos humanos.

As autoridades quenianas adotaram a medida um dia depois de vários políticos do Nordeste do país terem prometido revelar os nomes dos supostos financiadores do Al Shebab na Garissa e em outras cidades que fazem fronteira com a Somália.

<p>Campus da Universidade Garissa, onde grupo alinhado com a Al Qaeda matou 148 pessoas</p>
Campus da Universidade Garissa, onde grupo alinhado com a Al Qaeda matou 148 pessoas
Foto: Goran Tomasevic / Reuters

Em dezembro do ano passado, o Quênia já tinha congelado os ativos e suspendido as licenças de 16 organizações não governamentais (ONGs) suspeitas de financiar atividades terroristas, mas não revelou os nomes das ONGs porque o processo estava sob investigação.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, pediu no sábado a colaboração da comunidade muçulmana para combater os radicais que se escondem entre eles e usam o Islã para as suas ações.

Kenyatta tinha avisado que as operações antiterroristas são complexas porque “os que planejam e financiam essa brutalidade estão muito enraizados” nas comunidades do Quênia.

Quênia declara luto nacional por massacre em universidade:

Agência Brasil Agência Brasil
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