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África

Rebeldes atacam e tomam controle da capital do Sudão do Sul

Até o momento, o governo sul-sudanês não se pronunciou sobre fato anunciado pelos opositores

15 ago 2014 - 09h45
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O presidente do Sudão do Sul durante um encontro com o secretário de estado americano, John Kerry, no começo do mês de agosto deste ano
O presidente do Sudão do Sul durante um encontro com o secretário de estado americano, John Kerry, no começo do mês de agosto deste ano
Foto: Pete Marovich / AFP

Os rebeldes atacaram nesta sexta-feira a cidade de Bentiu, capital do Estado sul-sudanês de Unidade, anunciou um responsável pelas tropas insurgentes, que, além disso, assegurou que suas forças conseguiram tomar o controle da cidade.

"Devido às políticas expansionistas realizadas pelo regime de Juba, nossas forças, em resposta a essa campanha, estão lutando para recuperar as províncias e expulsar os seguidores do regime em Bentiu, após assumir o controle de toda a cidade", disse o dirigente opositor Yohanes Moussa Pouk em sua página do Facebook.

Até o momento, o governo sul-sudanês não se pronunciou sobre anúncio do dirigente opositor.

Pouk, que se encontra em Adis-Abeba - onde se desenvolvem as conversas de paz entre o governo e os rebeldes -, felicitou "o comandante Peter Gadet e seus valentes companheiros" por esta nova ofensiva.

No último mês de maio, o secretário de Estado americano, John Kerry, anunciou sanções contra Gadet, que dirige as forças antigovernamentais, após ele ter perpetrado um ataque contra Bentiu em meados de abril, no qual morreram 200 pessoas.

As negociações de paz na Etiópia foram retomadas no meio das recentes advertências da ONU sobre uma iminente crise de fome no Sudão do Sul, que já conta com 1,3 milhões de pessoas em níveis de insegurança alimentícia severa devido ao conflito armado.

O conflito político iniciado o dezembro passado no Sudão do Sul entre Kiir, de etnia dinka, e Machar, dos nueres e deposto um ano antes, desencadeou um conflito étnico entre as comunidades.

As acusações de Kiir a Machar, que supostamente liderou uma tentativa golpista, desencadearam em confrontos que causaram milhares de mortos e deixaram esse jovem país, que alcançou sua independência do Sudão em julho de 2011, à beira de uma guerra civil.

EFE   
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