Rei africano surpreende súditos e muda nome do país
Com 1,3 milhão de habitantes, Suazilândia foi rebatizada e passa a se chamar Reino de eSwatini; divulgação foi feita pelo rei Mswati III, à frente do governo desde 1982.
O rei da Suazilândia, Mswati III, rebatizou o país que governa há 36 anos. A partir de agora, ele passa a se chamar Reino de eSwatini.
O monarca comunicou a mudança durante as celebrações de 50 anos de aniversário da independência do país.
O rei, também chamado de Ngwenyama ou "leão", é conhecido por ter muitas esposas e por suas vestimentas tradicionais.
A mudança de nome revoltou parte da população, que acredita que o rei deveria se concentrar na condução da fraca economia local. O país, que tem 1,3 milhão de habitantes, é a última monarquia absolutista da África - nos últimos anos, manifestantes têm pedido mudanças do regime para uma democracia.
Mswati III vem sendo criticado por ativistas de direitos humanos por banir os partidos políticos do país e também por discriminação contra mulheres.
O novo nome significa "Terra dos Swazi". Embora a mudança do nome oficial tenha sido inesperada, o rei Mswati III já vinha chamando a Suazilândia de Reino de eSwatini há alguns anos.
Esse foi o nome que ele usou quando foi à Assembleia Geral da ONU em 2017 e também na cerimônia de abertura do parlamento do país em 2014.
"Quando eu estou fora, as pessoas se referem ao nosso país como Suíça", justificou durante o pronunciamento.
Filho de Sobhuza II, que reinou por 60 anos, o rei Mswati III tem atualmente 15 esposas. De acordo com sua biografia, Sobhuza, teve 125 mulheres durante seu reinado, que se estendeu de 1921 a 1982.
Em 1968, a Suazilândia se tornou independente do Reino Unido.
É o país com a maior proporção de pessoas infectadas por HIV. A expectativa de vida é de 54 anos para homens e de 60 anos para as mulheres.