Serra Leoa já tem 10 médicos mortos pelo ebola
Apenas dois médicos sobreviveram no país que também teve mais de 100 funcionários da saúde mortos
O total de médicos vítimas de ebola em Serra Leoa subiu para 10, informaram neste domingo as autoridades, intensificando as preocupações sobre a segurança dos médicos que combatem a epidemia no país africano.
O médico Aiah Solomon Konoyima morreu no último sábado à noite no centro de saúde Hastings, perto da capital, Freetown. A morte acontece um dia depois de outros dois médicos também terem morrido infectados pela doença.
"Ele havia chegado ao hospital há mais de uma semana e foi transferido ao setor de restabelecimento já que demonstrava sinais promissores de melhora", disse à AFP Brima Kargbo, responsável pelos serviços médicos do país.
Kargbo acrescentou que as mortes de médicos e a forma de transmissão da doença são motivo de "preocupação" e que os métodos para enfrentar essa situação serão intensificados.
No total, 12 médicos contraíram ebola em Serra Leoa, dos quais apenas dois sobreviveram, em um país que mais de 100 funcionários de saúde morreram em decorrência da epidemia.
Centenas de funcionários de saúde morreram nos três países africanos mais afetados pelo Ebola: Serra Leoa, Guiné e Libéria.
Em Serra Leoa foram de 1.600 mortos e mais de 7.300 casos e observa-se um preocupante aumento das infecções no oeste do país, especialmente na capital, Freetown.
A epidemia atual resultou em 6.113 vítimas no mundo todo, dos 17.256 casos detectados em menos de um ano, segundo o último balanço publicado na quinta-feira pela Organização Mundial de Saúde (OMS).