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África

Sobe para 638 o total de mortos em massacre no Egito

15 ago 2013 - 16h33
(atualizado em 4/12/2013 às 15h41)
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Egípcios choram a morte de parentes na mesquita El-Iman, no distrito da Cidade Nasser, no Cairo
Egípcios choram a morte de parentes na mesquita El-Iman, no distrito da Cidade Nasser, no Cairo
Foto: AP

O massacre de quarta-feira deixou 638 mortos e 3.994 feridos, informou na noite desta quinta-feira (tarde pelo horário de Brasília) o ministério da Saúde do Egito à agência AP. O novo balanço, informado pelo porta-voz do órgão Mohammed Fathallah, supera o anterior, liberado no início do dia, segundo o qual a ofensiva das forças armadas contra manifestantes acampados no Cairo resultara em 525 mortos e 3.171 feridos. Segundo a oposição islâmica, o número real de mortos é ainda maior.

As forças de segurança do governo militar interino do Egito iniciaram ontem uma ofensiva contra acampamentos de manifestantes da Irmandade Muçulmana e apoiadores de Mohamed Mursi, o primeiro presidente democraticamente eleito da história do país e deposto no último dia 3 de julho, um ano após o início do seu mandato. A ofensiva se seguiu a semanas de tensão e desafios mútuos entre os militares e os partidários de Mursi.

As centenas de mortos fazem desta quarta o dia mais sangrento do Egito desde que, em fevereiro de 2011, uma revolução popular desafiou o governo e obteve a renúncia do presidente Hosni Mubarak. Desde então, o país vive entre a expectativa da instauração de um governo mais democrático e transparente e o complexo equilíbrio de forças entre os principais setores e grupos da sociedade egípcia: militares, muçulmanos, seculares e cristãos ortodoxos.

infográfico massacre egito
infográfico massacre egito
Foto: AFP

Fonte: Terra
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