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África

Soldados sudaneses teriam estuprado 221 mulheres e crianças

Acusações de ONG são baseadas nos relatos de 15 sobreviventes, uma mulher testemunha e 23 fontes confiáveis

12 fev 2015 - 08h45
(atualizado às 11h03)
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Mulheres foram estupradas e mortas em cidade do Sudão por soldados, segundo a HRW
Mulheres foram estupradas e mortas em cidade do Sudão por soldados, segundo a HRW
Foto: Marco Di Lauro / Getty Images

Soldados sudaneses estupraram pelo menos 221 mulheres e crianças durante três dias de ataques na região de Darfur, segundo a organização Human Rights Watch nesta quinta-feira. Segundo testemunhas, dezenas de militares foram de casa em casa, saqueando propriedades, batendo em moradores e estuprando mulheres e meninas entre 30 de outubro e 01 de novembro de 2014. As informações são do Mashable.

As acusações são baseadas nos relatos de 15 sobreviventes, uma mulher testemunha e 23 fontes confiáveis, que fornecem informações para os documentos. Dois desertores do exército sudanês, que participaram do ataque, disseram que foram obrigados a estuprar mulheres, de acordo com o relatório.

Embora a mídia local tenha relatado a violência apenas alguns dias após os ataques, as autoridades governamentais sudanesas negaram várias vezes o estupro em massa. Um porta-voz do exército sudanês disse à Reuters que os ataques foram forçados em uma tentativa de estender a permanência da UNAMID (Força Pacificadora da União das Nações Africanas) para permanecer na região.

A violência na região de Darfur começou em 2003, quando grupos rebeldes – a maioria não-árabe - se levantaram contra o governo árabe em Cartum. O conflito desalojou 450 mil pessoas e mais de 2 milhões nos 12 anos de luta, segundo a HRW. O número de mortos é estimado em mais de 350 mil.

O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, que foi acusado de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional, restringiu o acesso da mídia e de ONGs a Darfur. O relatório pede para que instituições internacionais, como a ONU, continuem a pressionar o governo a permitir missões de paz no país. 

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Fonte: Terra
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