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África

Sudanesa cristã condenada à morte tem algemas retiradas

Meriam Yahia Ibrahim Ishag foi condenada em 15 de maio em virtude da lei islâmica, que proíbe se converter a outra religião; algemas foram retiradas por ordem médica

17 jun 2014 - 14h56
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<p>Meriam Yahia Ibrahim Ishag, sudanesa crist&atilde; de 27 anos, condenada&nbsp;&agrave; forca por apostasia, &eacute; vista em sua cela um dia depois que ela deu &agrave; luz uma menina em uma pris&atilde;o de mulheres em Cartum, em&nbsp;28 de maio</p>
Meriam Yahia Ibrahim Ishag, sudanesa cristã de 27 anos, condenada à forca por apostasia, é vista em sua cela um dia depois que ela deu à luz uma menina em uma prisão de mulheres em Cartum, em 28 de maio
Foto: AFP

As autoridades penitenciárias retiraram, por ordem médica, as algemas que uma jovem sudanesa condenada à morte por apostasia (abandono ou negação da fé) utilizava, anunciou um de seus advogados nesta terça-feira.

O caso de Meriam Yahia Ibrahim Ishag, uma cristã de 27 anos condenada à morte por apostasia e que há pouco tempo deu à luz na prisão, provocou uma onda de indignação internacional.

"Retiraram as algemas" depois que deu à luz uma menina na prisão, anunciou à AFP um de seus advogados, Mohanad Mustafa.

De pai muçulmano, Meriam Yahia Ibrahim Ishag foi condenada à morte no dia 15 de maio em virtude da lei islâmica em vigor, que proíbe se converter a outra religião.

Casada com um cristão e também mãe de um menino de 20 meses, a mulher também foi condenada a 100 chibatadas por adultério, já que, segundo a interpretação sudanesa da sharia, toda união entre uma muçulmana e um não muçulmano é considerada um adultério.

Após o nascimento de sua filha, Ishag foi transferida da cela que dividia com outras mulheres à clínica da prisão, indicou seu advogado.

Os presidentes das instituições da União Europeia (UE), assim como os representantes das principais religiões na Europa fizeram na terça-feira passada um apelo para a libertação desta mulher.

José Manuel Durão Barroso, Herman Van Rompuy e Martin Schulz, presidentes da Comissão, do Conselho e do Parlamento Europeu, respectivamente, convocaram as autoridades sudanesas a respeitar a liberdade de religião, a revogar o "veredicto desumano" pronunciado contra Ishag e a libertá-la.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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