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África

Tio de nigeriana raptada pede sua libertação incondicional

Na segunda-feira, o governo nigeriano descartou a libertação de prisioneiros islâmicos em troca da libertação das jovens

15 mai 2014 - 10h49
(atualizado às 10h50)
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Ativista reza por meninas sequestradas há um mês no nordeste da Nigéria
Ativista reza por meninas sequestradas há um mês no nordeste da Nigéria
Foto: Reuters

O tio de uma das mais de 200 jovens nigerianas sequestradas pelo Boko Haram pediu nesta quinta-feira a libertação incondicional das meninas, depois que o governo recusou-se a soltar prisioneiros islamitas.

"Quero que essas meninas sejam libertadas sem qualquer negociação", disse à AFP por telefone o tio de uma delas, Ayuba Chibok, após um mês do sequestro. Referindo-se a Abubakar Shekau, líder do Boko Haram, o tio acrescentou: "que liberte as meninas incondicionalmente".

Na segunda-feira, o governo nigeriano descartou a libertação de prisioneiros islâmicos em troca da libertação das jovens, após ter declarado anteriormente estar disposto a dialogar com o Boko Haram sobre a libertação das 223 estudantes. O nordeste do país está em estado de emergência.  

Nigerianos fazem vigília por meninas sequestradas por grupo Boko Haram
Nigerianos fazem vigília por meninas sequestradas por grupo Boko Haram
Foto: Reuters

O chanceler britânico para a África, Mark Simmonds, indicou na quarta-feira, após se reunir com o presidente nigeriano Goodluck Jonathan, que o dirigente confirmou que "não haverá nenhuma negociação envolvendo uma troca" como exigido pelo grupo terrorista.

O Boko Haram sequestrou 276 adolescentes em Chibok, no estado de Borno, no dia 14 de abril. De acordo com as últimas informações, 223 delas continuam nas mãos do grupo armado.

O Boko Haram, cujo nome significa "a educação ocidental é pecado", luta pela criação de um Estado islâmico. O grupo já matou milhares de pessoas desde 2009. A Nigéria, o maior produtor de petróleo da África, está dividida entre um norte muçulmano e o sul predominantemente cristão.

Foto: Arte Terra
AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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