União Africana elogia eleições no Zimbábue: "foram livres e justas"
O chefe da missão de observação eleitoral da União Africana (UA), o ex-presidente nigeriano Olesegun Obasanjo, considerou que as eleições realizadas ontem no Zimbábue ocorreram de forma "livre e justa".
"Pelo que vi e pelo que informaram nossos observadores até o momento, acho que o desenvolvimento das votações em todo o país foi pacífico, livre e justo", afirmou Obasanjo, citado pelo jornal estatal The Herald.
"Minha esperança é que isto seja apontado pelo relatório (definitivo dos observadores da UA) com base em todos os colégios eleitorais do país", acrescentou o ex-presidente da Nigéria.
Enquanto a UA não emite seu relatório definitivo, o Zimbábue aguarda a apuração dos votos das eleições presidenciais, parlamentares e locais, que, durante a jornada de ontem, foram realizadas em calma e contaram com uma alta participação.
Este pleito marcou o duelo, pela terceira vez nas urnas, do presidente do país, Robert Mugabe, de 89 anos, com o primeiro-ministro de um governo de união nacional, Morgan Tsvangirai.
Segundo o partido de Tsvangirai, o Movimento para a Mudança Democrática (MDC), a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF) de Mugabe realizou ontem uma fraude eleitoral em massa.
As leis eleitorais zimbabuanos concedem cinco dias desde o fechamento de urnas para publicar os resultados presidenciais.
Após o anúncio dos resultados das últimas votações, em 2008, o país registrou uma onda de violência que acabou com a vida de 200 seguidores do MDC, depois que Mugabe, a frente do país há 33 anos, perdesse o primeiro turno.
Tsvangirai se retirou da corrida presidencial em protesto e, embora Mugabe tenha alçado a vitória, a Comunidade para o Desenvolvimento da África Meridional (SADC, na sigla em inglês) obrigou ambas as partes a formar um governo de coalizão, criado em 2009, para atenuar a situação.