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África

Violência no Sudão do Sul deixou milhares de mortos, afirma ONU

Combates se estenderam à metade dos 100 Estados que formam a nação e de onde fugiram centenas de milhares de pessoas, o que faz temer por uma catastrófica situação humanitária

24 dez 2013 - 18h14
(atualizado às 18h14)
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<p>Em meio a tiros, moradores de Juba buscam abrigo no aeroporto (imagem de arquivo)</p>
Em meio a tiros, moradores de Juba buscam abrigo no aeroporto (imagem de arquivo)
Foto: AP

Milhares de sul-sudaneses morreram nos atos de violência das últimas semanas, informou nesta terça-feira o líder da missão humanitária da ONU no país, dando um indício claro do alcance do conflito que abala a jovem nação. "Não tenho nenhuma dúvida de que são milhares" de mortos, disse Toby Lanzer a jornalistas.

O balanço oficial de mortos em todo o país se manteve em 500 durante dias, mas teme-se que as cifras reais sejam muito maiores, segundo trabalhadores humanitários. A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, anunciou nesta terça-feira a descoberta de uma fossa comum na cidade de Bentiu, tomada pelos rebeldes, e disse que "haveria outras duas em Juba", a capital.

Esta descoberta chega após mais de uma semana de combates entre facções do exército leais ao presidente, Salva Kiir, e seu rival, Riek Machar, ex-vice-presidente destituído em julho. O Exército do Sudão do Sul tomou nesta terça-feica a cidade de Bor, que estava nas mãos dos partidários de Machar, que ainda controlam Bentiu, capital do estado petroleiro de Unidad.

Segundo Lanzer, a situação em Bentiu é "tensa". Há "muitos homens armados e quase não há civis nas ruas", disse. "Agora há mais de 7.000 civiles na base da ONU, que teve que ampliar seu perímetro", acrescentou. Os combates se estenderam à metade dos 100 estados que formam esta nação e de onde fugiram centenas de milhares de pessoas, o que faz temer por uma catastrófica situação humanitária para breve.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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