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Agência da UE inicia contatos com Sinovac sobre vacina

Laboratório desenvolveu o imunizante Coronavac, em uso no Brasil

22 jan 2021 - 14h54
(atualizado às 15h03)
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A agência de medicamentos da União Europeia (EMA) iniciou contatos preliminares com o laboratório chinês Sinovac para o eventual registro da vacina anti-Covid Coronavac no bloco.

A vacina Coronavac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac
A vacina Coronavac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O imunizante já foi aplicado em mais de 200 mil pessoas no Brasil e também está sendo usado na Turquia e na Indonésia, além da própria China. A Sinovac recebeu "consultoria científica" da EMA, uma fase preliminar na qual a agência responde a questionamentos do fabricante.

Até o momento, o laboratório chinês não divulgou dados consolidados dos ensaios clínicos de fase 3 do imunizante, deixando essa tarefa para cada país onde ele foi testado.

Enquanto Turquia e Indonésia citaram índices de 91,25% e 65,3%, respectivamente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) certificou uma eficácia de 50,39% nos testes no Brasil, o suficiente para garantir sua aprovação para uso emergencial.

Até agora, a UE fechou contratos relativos apenas a vacinas de empresas ocidentais: Pfizer (EUA)/Biontech (Alemanha), Moderna (EUA), AstraZeneca (Reino Unido/Suécia), Janssen (Bélgica), Sanofi (França) e Curevac (Alemanha).

Dessas seis, apenas duas (Biontech/Pfizer e Moderna) já têm autorização para uso emergencial no bloco, enquanto uma terceira (AstraZeneca/Oxford) está sob análise, com resposta prevista para 29 de janeiro.

No entanto, a Pfizer teve atrasos nas entregas nesta semana, e a Moderna é um laboratório menor e sem a capacidade de produção de uma multinacional. Além disso, a AstraZeneca anunciou nesta sexta-feira (22) que as primeiras remessas na UE serão inferiores ao previsto por causa de problemas em uma fábrica de sua "cadeia europeia de fornecimento".

Estados-membros do bloco já foram forçados a reduzir o ritmo de vacinação nesta semana para evitar que faltem imunizantes para a segunda dose em quem já recebeu a primeira. Enquanto isso, a UE segue em busca de alternativas: além de negociações abertas com Novavax (EUA) e Valneva (França), Bruxelas já recebeu pedido para autorizar a Sputnik V, da Rússia.

Ansa - Brasil
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