Agência europeia veta vacina da AstraZeneca produzida na Índia
Segundo EMA, há risco de haver 'diferença' com a vacina original
A vacina anti-Covid da AstraZeneca produzida na Índia não pode ser usada em cidadãos da União Europeia, decidiu a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) nesta quarta-feira (30).
A medida foi tomada por conta de "possíveis diferenças" com a fórmula original, chamada de Vaxzevria ou Covishield, feita na Europa.
"Mesmo que use uma tecnologia de produção análoga à Vaxzevria, a Covishield atualmente não responde às normas da União Europeia. Isso porque as vacinas são produtos biológicos. Também pequenas diferenças nas condições de produção podem comportar diferenças no produto final, e a lei da UE pede que as plantas de produção e o processo de produção sejam avaliados e aprovados como parte do processo de autorização", diz a EMA.
A agência ainda adicionou que "se recebermos um pedido de autorização da admissão do comércio para a Covishield ou se for aprovada qualquer mudança nas plantas de produção aprovadas para a Vaxzevria, nós informaremos".
A decisão da EMA causou preocupação na União Africana porque a Covishield, que tem baixo custo de produção na Índia, é usada amplamente nos países da África.
Atualmente, a agência europeia tem aprovadas quatro vacinas para uso nos países-membros da UE: Pfizer/BioNTech, Moderna, Universidade de Oxford/AstraZeneca e Janssen, braço belga da Johnson & Johnson.
Outras quatro estão em processo de solicitação de aprovação: a russa Sputnik V, a CoronaVac, da Sinovac Biotech, e a norte-americana Novavax. Também está sendo analisada a alemã CureVac, mas que não deve ser aprovada por ter apresentado menos de 50% de eficácia na última fase de testes clínicos. .