Agência italiana autoriza uso de vacina da Johnson & Johnson
Produzida pela Janssen, é a 4ª aprovada contra a Covid na Itália
A Agência Italiana de Medicamentos (Aifa) aprovou nesta sexta-feira (12) o uso emergencial da vacina anti-Covid desenvolvida pela Janssen-Cilag, braço belga Johnson & Johnson, Este é o quarto imunizante contra o novo coronavírus Sars-CoV-2 aprovado na Itália depois dos produzidos pela Pfizer/BioNTech, Moderna e Universidade de Oxford/AstraZeneca.
Com a decisão da agência italiana, a vacina poderá ser comercializada e utilizada no Serviço Nacional de Saúde em pessoas maiores de 18 anos.
Durante reunião, a Comissão Técnica-Científica (CTS) da Aifa confirmou a avaliação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) sobre a eficácia da vacina. Os testes mostraram que, em pacientes infectados com o Sars-CoV-2 que apresentaram sintomas graves, a eficácia chega a 77% após 14 dias da aplicação do imunizante e 85% depois de 28 dias da administração.
"Os dados mostraram que nenhum declínio na eficácia foi observado em indivíduos com mais de 65 anos. A vacina Janssen, a quarta aprovada, é adicionada como outra opção útil com um benefício significativo na luta contra a pandemia", diz a nota da Aifa.
Ontem (11), o imunizante já havia recebido a aprovação da EMA e, hoje, foi a vez de obter aval da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Num momento crítico para o país, precisamos absolutamente de doses suficientes para enfrentar a pandemia com eficácia e rapidez. A vacina Johnson & Johnson tem todas as características de eficácia, segurança e maneabilidade para se estabelecer uma arma a mais para sair da emergência sanitária o mais rápido possível", concluiu Giorgio Palù, presidente da Aifa.
O imunizante da J&J é feito com um adenovírus inofensivo aos humanos que foi modificado para conter as informações da proteína spike do coronavírus Sars-CoV-2. O sistema imune reconhece, assim, a proteína spike como uma invasora e produz anticorpos e ativa as células T para ataca-las.