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Al Qaeda comemora 15 anos do 11/9 e faz nova ameaça aos EUA

Líder do grupo chamou muçulmanos e negros para lutarem na data

9 set 2016 - 18h50
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Foto: Reprodução

O grupo terrorista Al Qaeda divulgou nesta sexta-feira, dia 9, um vídeo "comemorativo" do aniversário de 15 anos do atentado de 11 de setembro de 2001 onde convida todos os muçulmanos a "lutarem" no próximo domingo (11).

De acordo com a agência privada de contraterrorismo SITE, o vídeo é narrado pelo líder do grupo, Ayman al-Zawahiri, que afirma que os próximos dias serão marcados pelos "15 anos das abençoadas invasões em Washington, Nova York e Pensilvânia".

Segundo o site, os atentados que aconteceram há 15 anos "retomaram o equilíbrio" entre o Islã e o seu "inimigo secular e materialista" e ajudam os muçulmanos ainda hoje a lembrarem que têm "poder e habilidades suficientes".

Além disso, al-Zawahiri também disse que "a prioridade é a jihad contra a América, a Al Qaeda deve começar a guerra santa e atingir os Estados Unidos e os países aliados" e que até quando os crimes do Ocidente continuarem, "os eventos como o 11 de setembro deverão se repetir milhares de vezes pela vontade de Alá".

No vídeo, o líder do grupo também chama os afro-americanos para a luta, explorando a crescente tensão racial dos Estados Unidos, afirmando que a "supremacia branca" controla as leis e que o Islã pode "resgatar" os negros, e usando partes de um vídeo de Malcom X, um dos maiores defensores dos direitos civis dos negros da história.

EUA

Esta sexta-feira também foi marcada pela aprovação de uma lei pelo Congresso dos Estados Unidos na qual as famílias das vítimas dos atentados de 11 de setembro podem processar o governo da Arábia Saudita pelas perdas e danos sofridos.

A dois dias do aniversário de 15 anos dos atentados que deixaram mais de 3 mil mortos, a 'Justice Against Sponsors of Terrorism Act" (Jacta) foi aprovada com aplausos, mesmo que ela sempre tenha sido criticada pelo presidente Barack Obama, contrário à ideia.

A Casa Branca já havia afirmado que se a lei fosse aprovada o mandatário iria vetá-la. Os motivos pra isso seriam que a lei seria um grande problema diplomático entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita e também um incentivo para outros países começassem a processar os EUA.

No entanto, se mesmo com o veto dois terços do Congresso norte-americano ainda aprovarem a medida, será a primeira vez que Obama terá um veto negado nos seus dois mandatos.

Fonte: Ansa
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