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Al-Qaeda lança campanha na web para celebrar 11 de setembro

Grupo produziu até 'documentário' sobre os atentados

11 set 2021 - 11h29
(atualizado às 11h37)
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Canais ligados à Al-Qaeda lançaram uma ampla campanha de propaganda na web para comemorar os 20 anos dos atentados de 11 de setembro de 2001, pior série de ataques terroristas da história dos Estados Unidos.

Al-Qaeda parabeniza Talibã por 'vitória' e incita apoiadores
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Foto: EPA / Ansa

"É uma campanha muito organizada e cuidadosamente preparada, nada parecida com o que eu vi nos últimos anos", escreveu no Twitter a diretora do portal de contraterrorismo Site, Rita Katz.

Um canal ligado à Al-Qaeda, grupo responsável pelos atentados, divulgou inclusive um vídeo em estilo documentário sobre os ataques contra as Torres Gêmeas e o Pentágono, "descrevendo o planejamento e seus efeitos", de acordo com Katz.

O vídeo usa até imagens de combatentes do Talibã, grupo fundamentalista que voltou ao poder no Afeganistão 20 anos depois de ter sido derrubado pela invasão americana pós-atentados. Segundo Katz, a vitória do Talibã também é considerada um triunfo da Al-Qaeda.

"Essa campanha pró-AQ tem sido ininterrupta desde a manhã, mostrando a mesma intensidade das campanhas do Estado Islâmico nas redes sociais nos últimos anos. Canais inteiros, grupos, robôs e membros estão dedicados ao 11/9 neste momento, com todos os grupos enviando conteúdo, apesar da intensa campanha de exclusão no Telegram", acrescentou a diretora do Site.

Relembre - Os ataques de 11 de setembro de 2001 foram coordenados pela Al-Qaeda, que jogou dois aviões de passageiros contra as Torres Gêmeas, em Nova York, e um terceiro contra o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA, em Washington.

Uma quarta aeronave caiu em um campo aberto na Pensilvânia após resistência de passageiros e tripulantes contra os sequestradores. O saldo final dos atentados foi de quase 3 mil mortos, o que acabou motivando a invasão do Afeganistão pelos EUA.

O país era governado pelo Talibã, a quem a Casa Branca acusava de dar proteção a Osama bin Laden, mentor dos ataques e que seria morto em maio de 2011, no Paquistão.

Passados 20 anos da intervenção americana, o Afeganistão voltou a ser comandado pelo Talibã em agosto passado, graças à retirada das tropas dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que em duas décadas não conseguiram derrotar o grupo fundamentalista de forma definitiva.   

Ansa - Brasil
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