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Alarmadas com coronavírus, regiões da Itália proíbem caminhadas e passeios em parques

20 mar 2020 - 14h12
(atualizado às 14h36)
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Regiões da Itália que lutam para debelar a epidemia de coronavírus impuseram novas restrições nesta sexta-feira, depois que o número de mortos do país ultrapassou os da China.

Pessoas com máscaras de proteção contra coronavírus caminham pelas ruas de Milão, Itália 
20/03/2020
REUTERS/Daniele Mascolo
Pessoas com máscaras de proteção contra coronavírus caminham pelas ruas de Milão, Itália 20/03/2020 REUTERS/Daniele Mascolo
Foto: Reuters

"Já temos muitas centenas de mortos. O que mais é preciso para as pessoas entenderem a tragédia que estamos enfrentando?", ponderou Sergio Venturi, chefe da equipe de reação ao coronavírus de Emilia-Romagna.

A Lombardia, que está no epicentro da epidemia, disse que cerca de 100 soldados serão enviados em breve para ajudar a polícia local a impor a interdição, e pediu ao governo que adote novas medidas para manter os italianos em casa.

"Infelizmente, não estamos vendo uma mudança de tendência nos números, que estão subindo", disse o governador da Lombardia, Attilio Fontana, em uma coletiva de imprensa.

A região de Vêneto, no norte, fechou parques e disse que os moradores não podem mais fazer caminhadas, e a adjacente Emilia-Romagna proibiu caminhadas e passeios de bicicleta, dizendo que as pessoas têm que ficar em casa para evitar infecções.

O número de mortos de coronavírus na Itália subiu 427 na quinta-feira, elevando o total para 3.405 - mais do que os 3.248 registrados na China, onde o surto começou no ano passado.

"Talvez o pico não venha na semana que vem, mas na semana seguinte", disse Angelo Borrelli, chefe da Agência de Proteção Civil italiana, à rádio Rai.

A cifra total de infecções subiu de 35.713 para 41.035, e as autoridades estão especialmente preocupadas com uma disparada de casos na capital financeira Milão.

"A linha de frente agora está em Milão", disse Massimo Galli, chefe da unidade de doenças infecciosas do hospital Sacco da cidade, ao jornal Repubblica. "Estou extremamente preocupado com o que está acontecendo... ainda há pessoas demais por aí afora."

Na semana passada, o governo ordenou que restaurantes, bares e a maioria das lojas de todo o país fechassem até 25 de março, e também fechou escolas e universidade e orientou todos a só saírem para fazer o absolutamente essencial até 3 de abril.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, disse que as medidas terão que ser prorrogadas, mas não deu mais detalhes.

Tentando elevar o moral, pela primeira vez rádios italianas transmitiram o hino nacional às 11h, e em seguida as canções emblemáticas "Azzurro", "La canzone del sole" e "Nel blu dipinto di blu".

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