Alemã CureVac diz que vacina com dose reduzida para coronavírus pode permitir produção em massa
A alemã CureVac, que está entre produtores de vacina financiados pela Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (Cepi), afirmou que poderá produzir em massa uma imunização contra o coronavírus se sua técnica de vacina de dose reduzida se provar bem-sucedida em testes.
A Curevac, que recebeu 8,3 milhões de dólares da Cepi em janeiro, está trabalhando em uma tecnologia de vacina de baixa dose, que mostrou sinais promissores em um teste contra raiva em estágio inicial, para ser usada contra o coronavírus.
A companhia alemã espera ter uma vacina experimental pronta até junho ou julho para então pedir autorizações de autoridades para testes em humanos.
Florian von der Muelbe, vice-presidente de produção e cofundador da CureVac, afirmou à Reuters que o método de permitir que uma baixa dose acione uma resposta imunológica contra a raiva também será aplicado nos testes de eficácia para o coronavírus.
"Estas dosagens mínimas que conseguimos nos coloca em uma posição aqui em Tuebingen para produção de até 10 milhões de doses por campanha", disse von der Muelbe sobre a potencial vacina contra coronavírus.
Uma campanha, ou ciclo de produção, normalmente dura várias semanas, disse um porta-voz da empresa. Mais de uma dose pode ser necessária para imunizar uma pessoa, mas uma campanha ainda poderia atender várias milhões de pessoas, disse o porta-voz.
"Começamos com uma série de candidatos (para a vacina contra coronavírus) e agora estamos selecionando os dois melhores deles. Estes irão para testes clínicos", disse von der Muelbe.
A CureVac é especializada em moléculas RNA-mensageiro (mRNA), que instruem células a produzirem proteínas terapêuticas que podem disparar resposta imunológica contra câncer ou outras doenças.
Neste campo, a empresa compete com a norte-americana Moderna, que também está recebendo recursos da Cepi, e com a alemã BioNTech, identificada pela Pfizer como potencial parceira.
Importantes autoridades de saúde dos Estados Unidos têm afirmado que o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus pode levar até 18 meses.