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Alemanha, França e Israel ignoram apelo da OMS e darão 3ª dose contra Covid-19

5 ago 2021 - 11h23
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Alemanha, França e Israel darão vacinas de reforço contra a Covid-19, desconsiderando um apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para não o fazerem até mais pessoas de todo o mundo estarem vacinadas.

Vacinação em Paris
 23/7/ 2021   REUTERS/Sarah Meyssonnier
Vacinação em Paris 23/7/ 2021 REUTERS/Sarah Meyssonnier
Foto: Reuters

A decisão de seguir adiante com as doses de reforço, apesar do comunicado mais forte já emitido pela OMS, ressalta o desafio de se lidar com uma pandemia global enquanto países tentam proteger seus próprios cidadãos da variante Delta mais infecciosa.

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a França está trabalhando para distribuir as terceiras doses de vacinas contra Covid-19 aos idosos e vulneráveis a partir de setembro.

A Alemanha pretende administrar doses de reforço a pacientes imunocomprometidos, aos muito idosos e aos moradores de casas de repouso a partir de setembro, informou seu Ministério da Saúde.

O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, pediu que os cidadãos mais velhos recebam uma terceira dose depois que o governo, no mês passado, deu início a uma campanha para dar doses de reforço.

O chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu na quarta-feira uma suspensão das vacinas de reforço até ao menos o final de setembro, dizendo ser inaceitável que países ricos usem mais do suprimento global de vacinas.

Países de alta renda administraram cerca de 50 doses para cada 100 pessoas em maio, e este número dobrou deste então, de acordo com a OMS. Países de baixa renda só conseguiram administrar 1,5 dose para cada 100 pessoas devido à falta de suprimentos.

"Entendo a preocupação de todos os governos para protegerem seu povo da variante Delta. Mas não podemos aceitar que países que já usaram a maior parte do suprimento global de vacinas usem ainda mais dele", disse Tedros.

A Alemanha rejeitou estas acusações, dizendo que também doará ao menos 30 milhões de doses a países mais pobres.

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