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Aliados de Guaidó tomam controle de embaixada da Venezuela

Grupo ligado ao opositor de Nicolás Maduro consegue acesso à representação diplomática horas antes do início da Cúpula dos Brics

13 nov 2019 - 09h30
(atualizado às 09h32)
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Representantes do opositor Juan Guaidó, reconhecido pelo Brasil como presidente da Venezuela, conseguiram pela primeira vez acesso à embaixada do País em Brasília, na madrugada desta quarta-feira (13), horas antes do início das atividades da 11.ª Cúpula do Brics, que reúne os líderes de Rússia, Índia, China e África do Sul, que apoiam a permanência de Nicolás Maduro no poder.

Líder da oposição da Venezuela Juan Guaidó
23/07/2019
REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Líder da oposição da Venezuela Juan Guaidó 23/07/2019 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Foto: Reuters

Segundo a equipe de Guaidó, funcionários da embaixada permitiram o acesso de Tomas Silva, ministro-conselheiro acreditado pelo Brasil, ao local. A embaixadora Maria Teresa Belandria não está no País.

De acordo com comunicado dela, um grupo de funcionários decidiu abrir as portas e entregar as chaves da embaixada voluntariamente, bem como reconhecer Guaidó como legítimo presidente.

Leal a Maduro, adido militar fica do lado de fora

Houve um princípio de confusão e a Polícia Militar foi acionada. O adido militar chavista, leal ao regime, ficou do lado de fora da embaixada.

É a primeira vez que eles entraram na sede desde que o presidente Jair Bolsonaro aceitou as credenciais da equipe de Guaidó, no início do ano.

A diplomacia de Guaidó vinha tentando tomar o prédio e desalojar os funcionários enviados por Maduro - que não tem mais relacionamento diplomático com o Brasil.

Agora, eles pedem que os servidores de sete consulados venezuelanos no País façam o mesmo e garantam ajuda para deixar o Brasil, caso desejem.

Maduro pede que milícias civis patrulhem ruas da Venezuela

Em pronunciamento na televisão na terça-feira, Maduro fez um apelo às milícias civis para que patrulhem as ruas do país em meio às ameaças de protestos da oposição.

Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, convocou uma manifestação contra o regime para sábado (16).

Maduro, sentado entre líderes militares, ordenou que os cerca de 3,2 milhões de civis venezuelanos que integram milícias intensifiquem as rondas nas ruas de todo o país.

O presidente chavista disse que as mesmas forças "imperialistas" que derrubaram o presidente boliviano Evo Morales no domingo (10) querem tirá-lo do poder. / Com AP

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Crise na Bolívia: as duas faces de Evo Morales:
Estadão
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