Alunas do Irã são envenenadas para que escolas femininas fossem fechadas; autoridades investigam
Ao menos 200 alunas ficaram afastadas das escolas devido ao envenenamento, e caso é tratado como intencional
Autoridades iranianas estão investigando o envenenamento de centenas de alunas na cidade de Qom como ‘vingança’, pelo papel que as jovens desempenharam em recentes protestos contra o hijab, a vestimenta obrigatória pela doutrina islâmica. Segundo o vice-ministro da Educação, Younes Panahi, algumas pessoas queriam que todas as escolas, especialmente as femininas, fossem fechadas.
De acordo com o jornal The Guardian, os ataques deixaram ao menos 200 meninas longe das escolas por alguns dias. Na semana passada, pais protestaram protestaram do lado de fora do gabinete do governador em Qom e várias escolas foram fechadas devido à investigação, que segue pendente.
O envenenamento foi feito intencionalmente, segundo o membro da comissão de saúde do parlamento, o médico Homayoun Sameyah Najafabadi.
O vice-ministro da educação afirmou que “os compostos químicos usados para envenenar estudantes não são produtos químicos de guerra”, e que as vítimas não precisam de tratamentos fortes, pois as substâncias usadas são tratáveis.