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500 pessoas participam da Parada Gay em Cuba

País aprovou operações de mudança de sexo e proibiu a discriminação contra as lésbicas, mas ainda não legalizou a união civil entre pessoas do mesmo sexo

10 mai 2014 - 21h33
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<p>Participantes estendem bandeira LGBT durante Parada Gay, em Havana, Cuba, em 10 de maio</p>
Participantes estendem bandeira LGBT durante Parada Gay, em Havana, Cuba, em 10 de maio
Foto: AP

Várias centenas de cubanos dançaram ao som conga, agitaram a bandeira do arco-íris e proclamaram seu amor homossexual neste sábado, comemorando grandes avanços nos direitos gays enquanto esperam com paciência pelo ainda politicamente distante direito ao casamento.

Cerca de 500 pessoas participaram da sétima parada anual contra a homofobia pelo distrito de Vedado, na capital Havana, na qual dançarinos travestis e casais homossexuais de mãos dadas, acompanhados de dúzias de turistas estrangeiros, clamavam por maior aceitação social.

Cuba aprovou as operações de mudança de sexo e proibiu a discriminação contra lésbicas, bissexuais e transexuais no local de trabalho nos últimos anos, mas ainda não legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ou mesmo uniões civis.

Algumas atitudes públicas mudaram quando Fidel Castro admitiu em 2010, dois anos depois de entregar a presidência ao irmão Raúl, que errou ao discriminar homossexuais, que foram enviados a campos de trabalho nos primeiros anos da revolução de 1959.

"Embora haja uma revolução, a consciência não mudou rápido o suficiente entre muitos revolucionários", disse Mariela Castro, filha do presidente Raúl Castro e maior defensora cubana dos direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais).

"Gostaria que fosse mais rápido, mas não perco a esperança. Vou comemorar com grande felicidade o dia em que casais do mesmo sexo puderem começar a se casar", afirmou à Reuters na conclusão do evento.

Embora Cuba seja governada somente pelo Partido Comunista, a legislação muitas vezes demora para mudar. Desde 2006 a Assembleia Nacional vem tentando atualizar o Código Familiar de 1975, que não faz menção aos direitos de transexuais, gays ou lésbicas. Enquanto isso, propostas para o reconhecimento de uniões do mesmo sexo emperraram.

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