Atos anti-governo na Venezuela acabam com bombas de gás
Soldados e policiais usaram bombas de gás para dispersar nesta quinta-feira, em Caracas, vários grupos de manifestantes que tentavam se aproximar do Palácio Miraflores, sede do governo da Venezuela, para protestar contra a escassez de alimentos e remédios no país.
Fortemente armados, membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e a Polícia Nacional Bolivariana (PNB) jogaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que protestavam contra a dificuldade de conseguir os produtos que compõem a cesta básica e as medidas tomadas pelo governo para enfrentar a escassez.
Uma passeata pela avenida Forças Armadas tinha o mesmo destino de uma marcha convocada por movimentos sociais e indígenas, que também caminhavam em direção ao Palácio de Miraflores, mas com o objetivo oposto: mostrar apoio ao presidente do país, Nicolás Maduro.
A Venezuela sofre um desabastecimento de alimentos e remédios que se intensificou nos últimos dois anos, assim como uma grave situação de insegurança que se reflete em altos níveis de criminalidade.
Os venezuelanos têm dificuldade para encontrar nas prateleiras dos supermercados alimentos básicos, como leite, carne, café, açúcar, assim como produtos de limpeza e de higiene pessoal.
Vários protestos também foram registrados ontem na capital do país, e nos últimos dias ocorreram manifestações em cidades como Valencia, Maracay e Maracaibo.
Atualmente, a Venezuela vive um estado de exceção e de emergência econômica decretado por Maduro para tentar lidar com a situação do país e as supostas tentativas da oposição de desestabilizar seu governo.