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Após dias de protestos, Caracas parece voltar à normalidade

Uma grande concentração foi anunciada para esta terça-feira no bairro de Las Mercedes, em Caracas, mas poucos estudantes atenderam à convocação

25 fev 2014 - 16h00
(atualizado em 27/2/2014 às 08h22)
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Após dias de protestos, a vida em Caracas parece ter voltado à normalidade. A cidade amanheceu mais tranquila nesta terça-feira. As barricadas, que incomodaram os motoristas na segunda-feira, 24, foram retiradas pela polícia e na tarde de hoje o trânsito circulava bem em quase toda a capital.

As manifestações são esporádicas e se concentram em algumas regiões. Vias de acesso aos bairros do leste continuam fechadas por piquetes e o serviço de ônibus foi interrompido em alguns pontos. Muitas universidades continuam sem aulas.  

A imprensa anunciou uma grande concentração nesta terça-feira no bairro de Las Mercedes, em Caracas, mas poucos estudantes atenderam à convocação feita por lideranças estudantis e o partido de oposição Vontade Popular.

Um grupo de aproximadamente 30 pessoas se reuniu em uma praça do bairro e posteriormente marchou em direção à embaixada de Cuba. O objetivo era entregar um documento às autoridades consulares pedindo o fim da suposta intervenção do regime cubano na Venezuela.

Vamos exigir o fim da intervenção cubana em assuntos militares", disse líder estudantil
Vamos exigir o fim da intervenção cubana em assuntos militares", disse líder estudantil
Foto: Ana Carolina Peliz / Especial para Terra

A líder estudantil Gaby Arellano falou com os jornalistas presentes, que eram mais numerosos que os manifestantes. “Vamos exigir o fim da intervenção cubana em assuntos militares. Sabemos de fontes fidedignas que nos quartéis da Venezuela existem militares cubanos, que estão dando ordens aos guardas nacionais para reprimir os venezuelanos”, afirmou Arellano. Ela não explicou quais seriam estas fontes e também se recusou a responder a pergunta dos jornalistas sobre a pequena participação no ato.

O estudante Israel Hernandez, que participou da marcha, justificou a ausência de manifestantes pela falta de divulgação. “Também porque esta manifestação foi pensada para uma pequena comitiva”, afirmou.

A oposição venezuelana defende a ideia de que os irmãos Castro exerceriam influencia sobre o presidente Nicolás Maduro e acredita que existem militares cubanos infiltrados no exército venezuelano.

Os manifestantes não foram recebidos por empregados da embaixada e entregaram o documento com suas demandas a um comandante da polícia que garantia a segurança do local.

Uma grande manifestação de apoio ao governo de Maduro foi convocada pelo ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para a tarde desta terça-feira. Para tentar reavivar os protestos, uma das líderes da oposição, Maria Corina Machado, convocou para quarta-feira, 26, uma marcha de mulheres contra a violência. 

Fonte: Especial para Terra
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