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Argentina: aprovação de Kirchner cai devido a caso Nisman

Cristina está impedida de concorrer a um terceiro mandato consecutivo nas eleições gerais de outubro

23 fev 2015 - 18h11
(atualizado às 18h26)
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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, inaugura anfiteatro em El Calafate, na Argentina, em fevereiro. 14/02/2015
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, inaugura anfiteatro em El Calafate, na Argentina, em fevereiro. 14/02/2015
Foto: Presidência da Argentina / Reuters

A popularidade da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, tem sido puxada para baixo por causa da morte misteriosa de um promotor que a acusou de tentar acobertar os responsáveis por um atentado à bomba mortal de 1994, em Buenos Aires, mostrou uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira.

Alberto Nisman morreu com um tiro na cabeça na noite de 18 de janeiro, quatro dias depois de ter trazido à tona suas denúncias contra Cristina. A morte do promotor chocou o país e intensificou os questionamentos há muito existentes sobre a independência do sistema judiciário argentino.

De acordo com uma pesquisa feita pela consultoria Management and Fit, a popularidade de Cristina caiu para 29,8%, ante os 32,5% registrados antes de Nisman acusá-la de conspirar para encobrir um suposto envolvimento do Irã no ataque contra um centro comunitário da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia).

Caso Nisman: milhares marcham em Buenos Aires:

"O principal fator para explicar tal queda é o caso Nisman”, disse o economista Maximo Pisa, da Management and Fit.

Alguns ex-colegas de Nisman na promotoria pública se uniram a figuras de oposição para uma passeata na semana passada em protesto pelo que classificaram como uma cultura de intromissão nos tribunais. Promotores alegam serem constantemente ameaçados.

A taxa de desaprovação da presidente, no fim de seu segundo mandato, subiu de 58,6% para 63,5%, de acordo com o levantamento da Management and Fit junto a 2.400 argentinos aptos a votar.

Baseado em Nisman, promotor pede acusação a Cristina Kirchner:

Cristina está impedida de concorrer a um terceiro mandato consecutivo nas eleições gerais de outubro. Ela ainda não indicou um candidato para sucedê-la, assim como a oposição ainda não apresentou seu nome.

Com uma inflação alta e a economia beirando a recessão, outras pesquisas também mostraram uma queda na popularidade de Cristina.

O jornal Perfil disse que a popularidade da presidente caiu 4 pontos, para 29,1%, até o fim de janeiro, em comparação ao mês anterior.

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