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Argentina: vice-presidente vai depor em caso de corrupção

Boudou teria aproveitado de sua condição política "para favorecer uma empresa"; depoimento será em 15 de julho

30 mai 2014 - 10h06
(atualizado às 10h32)
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<p>Vice-presidente da Argentina, Amado Boudou (a direita) ao lado do líder social Luis D'elia, dentro da catedral de Buenos Aires antes da comemoração do 204º aniversário da Revolução de Maio, em 25 de maio</p>
Vice-presidente da Argentina, Amado Boudou (a direita) ao lado do líder social Luis D'elia, dentro da catedral de Buenos Aires antes da comemoração do 204º aniversário da Revolução de Maio, em 25 de maio
Foto: Reuters

O vice-presidente argentino, Amado Boudou, deve depor à justiça como imputado em 15 de julho por suposto tráfico de influência, um fato inédito para um vice-presidente em exercício, anunciou o Poder Judiciário.

O juiz federal Ariel Lijo o investiga por uma gestão realizada por Boudou em 2010, quando era ministro da Economia, ante a agência de arrecadação fiscal (Administração Federal de Rendimentos Públicos, AFIP) para evitar a falência da empresa Ciccone Calcográfica, a única emissora de cédulas e documentos oficiais, agora expropriada pelo Estado.

Segundo as acusações, Boudou teria utilizado o cargo de ministro para beneficiar os acionistas que assumiram o controle da Ciccone, evitando a falência, o que é negado pelos advogados de defesa.

Na citação, divulgada pelo Centro de Informação Judicial da Suprema Corte, o juiz Lijo considera procedente a indagação ao suspeitar que "Boudou aproveitou a condição de funcionário público" para favorecer a empresa.

Também suspeita que "Amado Boudou e José María Nuñez Carmona teriam adquirido a empresa quebrada e dona do monopólio Ciccone Calcográfica, enquanto Boudou era ministro da Economia (do ex-presidente Néstor Kirchner), através da sociedade The Old Fund e de Alejandro Vandenbroele, com o objetivo último de contratar com o Estado Nacional a impressão de cédulas e documentação oficial", afirma a nota.

Vandenbroele e Carmona são dois dos acionistas envolvidos, assim como Rafael Brenner, Guillermo Reinwick e Nicolás Ciccone, todos convocados na citação judicial.

"Isto significa que há elementos suficientes para supor que - o vice-presidente - incorreu em uma conduta que pode ser reprovada judicialmente", disse o procurador federal Jorge Di Lello, que atua no caso.

Di Lello afirmou que Boudou "está imputado e não acusado", ao explicar que esta é uma etapa processual prévia a uma acusação penal.

De acordo com Di Lello, o vice-presidente "não pode depor por escrito" e terá que comparecer ao tribunal em 15 de julho.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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