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Argentinos planejam manifestação em homenagem a promotor

Promotor argentino foi encontrado morto em seu apartamento após acusar a presidente Cristina Kirchner de acobertar o Irã na investigação sobre um ataque a bomba

19 jan 2015 - 21h02
(atualizado às 21h03)
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Logo na saída do edifício da Câmara de Deputados, um pequeno grupo de manifestantes se reunia cortando parte do fluxo da avenida Rivadavia
Logo na saída do edifício da Câmara de Deputados, um pequeno grupo de manifestantes se reunia cortando parte do fluxo da avenida Rivadavia
Foto: Luciana Rosa / Especial para Terra

Internautas argentinos planejam sair às ruas às 20h (21h no horário de Brasília) desta segunda-feira (19) para pedir por justiça nas investigações da morte do promotor Alberto Nisman, encontrado morto nesta segunda-feira. O movimento foi chamado de #SomosTodosNisman, uma alusão à marcha de Paris, convocada sob o título de #JesuisCharlie. 

No Twitter, a hashtag #MuerteDeNisman está em primeiro lugar na lista dos assuntos mais comentados na Argentina. Em segundo lugar, está a hashtag #CFKAsesina, divulgada por grupos de argentinos que denunciam a presidente Cristina Kirchner como “assassina” e “terrorista”. Nesta segunda-feira, na saída do edifício da Câmara de Deputados, um pequeno grupo de manifestantes se reunia cortando parte do fluxo da avenida Rivadavia.

Alberto Nisman, encontrado morto em seu apartamento antes de apresentar detalhes de sua denúncia cntra a presidente Cristina Kirchner
Alberto Nisman, encontrado morto em seu apartamento antes de apresentar detalhes de sua denúncia cntra a presidente Cristina Kirchner
Foto: Marcos Brindicci / Reuters

O promotor argentino foi encontrado morto em seu apartamento após acusar a presidente Cristina Kirchner de acobertar o Irã na investigação sobre um ataque a bomba contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), que matou 85 pessoas em 1994. 

Kirchner, ordenou nesta segunda-feira a abertura dos arquivos sobre a identidade do espiões interceptados em meio a investigações sobre o caso AMIA. Pedido havia sido feito por Nisman. O magistrado acreditava que um dos nomes teria acesso privilegiado a Cristina e que teria articulado o plano.

O titular da Secretaria de Inteligência, Oscar Parrili, explicou, em nota, que foi requerida a "abertura das identidades, das ações, dos fato e das circunstâncias correspondentes em meio à interceptações telefônicas".

Morte de procurador que denunciou Kirchner intriga Argentina:

Até hoje, o governo se negava a revelar os nomes, como informou o jornal local Clarín.

Ainda em repercusão ao caso, um dos porta-vozes dos familiares de vítimas da AMIA, Luiz Czyzewski classificou a morte do procurador Alberto Nisman de “Dupla tragédia”. Segundo ele, “Esta tragédia vai por dois caminhos; um pessoal que tem a ver com a sua família e suas filhas e o outro tem a ver com o país”. Completou dizendo que “Isto vai afetar fortemente a causa AMIA. Acredito que o melhor que pode acontecer ao pais e ao governo é que se possa determinar rapidamente se a denúncia – que seria apresentada hoje por Nisman – era consistente ou não.

Fonte: Especial para Terra
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